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Porquanto ou por quanto? Quando usar cada um

Equipe Flávia Rita

Porquanto ou por quanto? Quando usar cada um

As expressão porquanto ou por quanto são motivo comum de dúvidas entre os usuários da Língua Portuguesa. Não raro, elas costumam aparecer em textos de maneira inadequada. Com isso em mente, vamos ver como usar cada uma delas de acordo com as normas da gramática normativa.

Porquanto ou por quanto?

A palavra “porquanto” e a expressão “por quanto”, embora possuam a mesma pronúncia, não apresentam o mesmo sentido. Mais do que isso, são enquadradas em classes gramaticais distintas, desempenhando funções específicas na frase.

O termo “porquanto”, por exemplo, liga orações coordenadas entre si, a fim de estabelecer uma relação causal ou uma explicação. Já a locução “por quanto” ocorre sempre que se deseja expressar uma quantidade ou indicar um valor.

Com isso, quando devemos usar cada uma delas? Vamos ver mais detalhadamente cada caso.

Quando usar por quanto

A locução “por quanto” é uma expressão composta pelo pronome indefinido “quanto” e pela preposição “por”. É empregada sempre para indicar uma quantidade ou um valor ou para formar uma pergunta. Por exemplo:

Por quanto tempo ele ficará de férias?

Ela comprou o sapato naquela loja por quanto ?

Vocês andaram por quantos minutos?

É interessante notar que, diferentemente da conjunção, a locução “por quanto” poderá variar para acompanhar o nome. Nesse caso, é possível que o pronome seja flexionado no gênero ou no número. Confira:

Ele ficou desaparecido por quantos anos?

Por quantas horas elas caminharão na trilha?

Você quer fazer o livro por quanto?

Quando usar porquanto

As expressões porquanto ou por quanto apresentam diferenças profundas também no que diz respeito à função frasal.

Diferentemente da locução acima, o termo “porquanto” é classificado como uma conjunção coordenativa causal ou explicativa. Ou seja, é empregada para indicar a causa de uma oração ou para dar uma explicação em relação a ela.

No que diz respeito ao sentido, a conjunção “porquanto” equivale às formas “porque”, “pois”, “que”, “visto que”, “uma vez que”, “já que”, “por isso que”, entre outras. Veja os seguintes exemplos:

Não pude comparecer à festa porquanto tive de trabalhar até tarde. 

Porquanto não produzissem efeitos, as políticas do governo precisaram ser revistas. 

Os alunos não foram bem nas provas finais, porquanto não se dedicaram durante o semestre. 

Como se trata de um conector conjuntivo, não haverá qualquer flexão em relação aos termos da oração. Isso quer dizer que, independentemente do sujeito ou dos substantivos presentes, a conjunção seguirá invariável, não concordando em número nem em gênero.

Porquanto e outros casos de confusão!

Além das formas porquanto ou por quanto, é muito comum também ver algumas pessoas confundindo a conjunção coordenativa com a conjunção subordinativa concessiva “conquanto”. Veja que, ainda que a pronúncia possa ser semelhante, elas não possuem o mesmo sentido.

“Porquanto”, como dito, é uma conjunção explicativa, com sentido semelhante a “porque”, “pois”, “visto que” etc., e que é empregada para articular duas orações em relação de coordenação.

Já a forma “conquanto” se classifica como uma conjunção subordinativa concessiva, cujo valor equivale a “embora”, “apesar de”, “não obstante a”, entre outras formas. Nesse caso, ela articula duas orações em uma relação de subordinação. Por exemplo:

Ele não veio à festa, porquanto teve de trabalhar até mais tarde. (trabalhar até mais tarde é a razão porque ele não veio à festa).

Conquanto tenha saído mais cedo do trabalho, ele não veio a festa. (Veja que, aqui, a primeira oração traz um fato que contraria a expectativa da oração principal) 

Uma outra situação que costuma causar problemas aos usuáriuos da língua envolve a conjunção “porquanto” e a palavra “portanto”. Da mesma maneira que os casos acima, esses dois conectores desempenham funções distintas na frase.

A conjunção “portanto”, não obstante também ser coordenativa, é classificada como um nexo conclusivo, ou seja, articulando o fechamento de uma tese ou de um argumento. Confira:

O argumento da defesa não convenceu o juri. Portanto, a decisão foi pela condenação. 

A empresa corrigiu sua gestão e saneou suas contas. Portanto, recebeu investimentos. 

Agora não tem mais desculpas para usar essas formas incorretamente, não é mesmo?

Alguma dúvida?

O qua achou? Simples, não é mesmo? Se ainda ficou alguma dúvida depois dessa explicação, você pode nos contar nos comentários! Além disso, caso você queira ver mais conteúdo de português sobre regência verbal, dicas de redação (introdução desenvolvimento), pontuação ou de escrita jurídica, confira nossos outros textos!

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