O que você encontrará neste artigo:
ToggleO edital do Concurso SEE-MG (Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais) 2025 foi oficialmente publicado, trazendo uma excelente oportunidade para profissionais da educação que almejam estabilidade e crescimento na carreira pública. Com a oferta de 13.795 vagas para diversos cargos de níveis médio e superior, este certame representa um marco significativo para a educação em Minas Gerais.
A banca organizadora é a banca Consulplan, uma das principais bancas organizadoras de concursos públicos do Brasil, com forte atuação em concursos estaduais e municipais. Fundada em Minas Gerais, a instituição consolidou-se no cenário nacional pela realização de certames em diversas áreas, como educação, saúde, segurança pública e administração pública. Com mais de duas décadas de atuação, a banca é reconhecida pela objetividade de suas provas e pela valorização do conhecimento tradicional em suas abordagens.
Cargos disponíveis:
- Professor de Educação Básica (PEB) – 10.170 vagas
- Especialista em Educação Básica (EEB) – 1.056 vagas
- Analista Educacional (ANE) – 72 vagas
- Analista Educacional – Inspetor Escolar – 13 vagas
- Analista de Educação Básica (AEB) – 357 vagas
- Técnico da Educação (TDE) – 38 vagas
- Assistente Técnico de Educação Básica (ATB) – 2.089 vagas
Além das oportunidades imediatas, o edital também prevê formação de cadastro de reserva, dentro do prazo de validade do concurso, que será de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. Somente os cargos de técnico e assistente técnico terão como requisito o nível médio/técnico. Para os demais, será exigido o nível superior. Os salários iniciais variam de R$ 1917,11 a R$ 6.937,06. As contratações serão feitas sob o regime estatutário, que assegura ao servidor a estabilidade após o regime de experiência.
Etapas do concurso
O concurso será composto por três etapas:
- Prova Objetiva: de caráter eliminatório e classificatório, abrangendo conhecimentos gerais e específicos.
- Prova Discursiva (Redação): de caráter eliminatório e classificatório, exigindo a produção de texto dissertativo-argumentativo.
- Avaliação de Títulos: de caráter classificatório, aplicável apenas aos cargos de nível superior.
Datas importantes do SEE-MG 2025
- Inscrições: 21 de julho a 21 de agosto de 2025
- Provas Objetiva e Discursiva: 28 de setembro de 2025
- Divulgação dos Resultados: datas a serem definidas no cronograma oficial.
Conteúdo programático de Língua Portuguesa
A disciplina de Língua Portuguesa é comum a todos os cargos e abordará os seguintes tópicos:
- Interpretação e compreensão de textos
- Funções da linguagem
- Gêneros textuais (narrativo, descritivo, dissertativo)
- Ortografia oficial e acentuação gráfica
- Pontuação
- Morfologia e sintaxe
- Concordância verbal e nominal
- Regência verbal e nominal
- Colocação pronominal
- Figuras de linguagem
Prova discursiva
A prova discursiva consistirá na elaboração de um texto dissertativo-argumentativo, com extensão entre 20 e 30 linhas, sobre tema relacionado à educação e sociedade. Serão avaliados aspectos como coerência, coesão, argumentação, domínio da norma padrão da língua portuguesa e adequação ao tema proposto. E valerá 20 pontos.
Perfil da prova de Língua Portuguesa
A banca Consulplan é conhecida por elaborar questões que exigem interpretação textual apurada e domínio das normas gramaticais. É comum a cobrança de análises sintáticas, semânticas e estilísticas, bem como questões que envolvem reescrita de frases e identificação de erros gramaticais.
Preparamos um curso completo e 100% focado na banca Consulplan, com teoria, exercícios comentados e estratégias específicas para você dominar os conteúdos mais cobrados. Com a orientação certa, você vai aprender exatamente como a banca estrutura suas questões, quais os pontos mais exigidos em prova e como escrever um excelente texto para a prova discursiva.
Dicas para estudo
- Dedique tempo à leitura e interpretação de textos diversos, aprimorando sua capacidade de compreensão e análise crítica.
- Revise as regras gramaticais, com foco em ortografia, acentuação, concordância e regência.
- Pratique a escrita de textos dissertativo-argumentativos, atentando-se à estrutura, coesão e coerência.
- Resolva questões de concursos anteriores organizados pela Consulplan, familiarizando-se com o estilo da banca.
Lembre-se: a preparação é a chave para o sucesso. Com dedicação, foco e estratégia, você estará mais próximo de conquistar sua tão sonhada vaga no serviço público. Acredite no seu potencial e invista no seu futuro.
Questões comentadas para treinar
Prova: Câmara Municipal de Belo Horizonte/MG (2018) | Cargo: Técnico Legislativo II
Trapezista
“Querida, eu juro que não era eu. Que coisa ridícula! Se você estivesse aqui — Alô? Alô? — olha, se você estivesse aqui ia ver a minha cara, inocente como O Diabo. O quê? Mas como, ironia? “Como o Diabo” é força de expressão, que diabos. Você acha que eu ia brincar numa hora desta? Alô! Eu juro, pelo que há de mais sagrado, pelo túmulo de minha mãe, pela nossa conta no banco, pela cabeça dos nossos filhos que não era eu naquela noite de carnaval no cascalho que saiu na Folha da Manhã. O quê? Alô! Alô! Como é que eu sei qual é a foto? Mas você não acaba de dizer… Ah, você não chegou a dizer… ah, você não chegou a dizer qual era o jornal. Bom, bem. Você não vai acreditar mas aconteceu que eu também vi a foto. Não desliga! Eu também vi a foto e tive a mesma reação. Que sujeito patético comigo, pensei. Não pode ser gêmeo. Agora, querida, nunca, em nenhum momento, está ouvindo? Em nenhum momento me passou pela cabeça a ideia de que você fosse pensar — querida, eu estou até começando a achar graça — que fosse pensar que aquela era eu. Por amor de Deus. Pra começo de conversa você pode me imaginar de pareô vermelho e colar havaiano, pulando no cascalho com uma bandida em cada braço? Não, faça-me o favor… É por causa das bandalhas! Francamente, é você que não confia na minha fidelidade, que confiasse no meu bom gosto, poxa! O quê? Querida, eu não disse “pareô vermelho”. Tenho a mais absoluta, a mais tranquila, a mais inabalável certeza que eu disse apenas “pareô”. Como é que eu podia saber que era vermelho se a fotografia não era em cores, certo? Alô? Alô? Não desliga! Não… Olha, se ela desligar está tudo acabado. Tudo acabado. Você não precisa nem voltar da praia. Fica aí com as crianças e funda uma colônia de pescadores. Não, estou falando sério.
Perdi a paciência. Afinal, se você não confia em mim não adianta nada a gente continuar. Um casamento deve se… se… como é mesmo a palavra?… se alicerçar na confiança mútua. O casamento é como um número de trapézio, um precisa confiar no outro até de olhos fechados. É isso mesmo. E sabe de outra coisa? Eu não precisava ficar me escondendo durante o carnaval. Foi tudo mentira. Eu não tinha trabalho acumulado no escritório coisíssima nenhuma. Eu fui sambar, quer parê? Para testar você. Ficar na cadeia foi como dar um salto mortal, sem rede, só para saber se você me pegaria no ar. Um teste desse nosso amor. E você falhou. Você me decepcionou. Não vou nem pedir socorro. Não, não vou me interrompa.
Desculpas não adiantam mais. O próximo som que você ouvir será do meu corpo se estatelando, com o baque surdo da desilusão, no duro chão da realidade. Alô? Eu disse que o próximo som… quê…? O quê? Você não estava ouvindo nada? Qual foi a última coisa que você ouviu, coração?
Pois sim, eu não falei — tenho certeza absoluta que não falei — em “pareô vermelho”. Sei lá que cor era o pareô daquele cretino na foto. Você precisa acreditar em mim, querida. O casamento é como um número de…
Sim. Não. Claro. Como? Não. Certo. Quando você poderá vir perguntar para o… O quê? Quer que eu jure? De novo? Pois eu juro. Passei sábado, domingo, segunda e terça no escritório. Não vi carnaval nem pela janela. Só vim em casa tomar um banho e comer um sanduíche e vou logo voltar pra lá. Como? Você telefonou para o escritório. Meu bem, é claro que a telefonista não estava trabalhando, não, é, bem. Ha, ha, você é demais. Olha, querida? Alô? Sábado eu estou aí. beijo nas crianças. Socorro. Eu disse, um beijo.” (In: Verissimo, L. F. As mentiras que os homens contam. São Paulo, Objetiva: ????)
- Analise a frase a seguir: “[…] olha, se você estivesse aqui ia ver a minha cara, inocente como o Diabo.” (1º§). Só NÃO é correto afirmar sobre o trecho que:
a) A comparação realizada causou o efeito contrário ao desejado pelo enunciador.
b) As explicações acerca do uso da expressão “como o Diabo” possuem natureza semântica oposta à sua constituição composicional.
c) O uso da forma verbal “olha”, no modo imperativo, indica um pedido do protagonista para que sua interlocutora realize a ação suscitada pelo verbo relacionado à forma verbal indicada.
d) A comparação presente no trecho não surtiu o efeito desejado por o enunciador ter selecionado um sentido diferente para a expressão “como o Diabo” do entendido pela sua interlocutora.
GABARITO: LETRA C
Comentário: A letra A está correta, pois a comparação realizada gera um efeito contrário ao desejado pelo interlocutor. A intenção era, ao demonstrar sua correta atitude, safar-se de uma situação em que era julgado culpado de ter ido ao carnaval, porém “diabo” é um substantivo com campo semântico negativo ou pejorativo, de modo que reverte a intenção inicial da frase ao deixar marca de maior culpa do interlocutor. A letra B se mostra acertada pelas mesmas razões expressas na letra A. Incorreta a letra C e, por isso o gabarito da questão, pois o verbo “olha” foi empregado não como um comando no imperativo, mas como uma interjeição do interlocutor. A letra D está, por fim, correta pelas mesmas razões justificadas na letra A.
- Assinale a alternativa que classifica corretamente a função da palavra destacada na frase recortada.
a) “É isso mesmo.” (2º§) – pronome demonstrativo.
b) “[…] como é mesmo a palavra?” (2º§) – pronome interrogativo.
c) “Você telefonou para o escritório.” (5º§) – pronome pessoal do caso reto.
d) “Afinal, se você não confia em mim não adianta nada a gente continuar.” (2º§) – conjunção coordenativa.
Gabarito: Letra A
Comentário: A letra A está correta, pois a palavra “isso” é classificada morfologicamente como um pronome demonstrativo, ou seja, um termo anafórico. A letra B mostra-se incorreta, uma vez que “como” é empregado no trecho como um advérbio interrogativo. A letra C erra na classificação, dado que a forma “Você” equivale a um pronome de tratamento. A letra D, por fim, também se encontra errada porque a partícula “se” foi empregada como uma conjunção subordinativa.
- No decorrer do texto, tendo em vista propósitos discursivos, o autor utiliza palavras e expressões menos comuns no linguajar culto escrito da língua portuguesa. Tal uso caracteriza, no caso, uma variação de natureza:
a) social.
b) histórica.
c) geográfica.
d) situacional.
Gabarito: Letra D
Comentário: O texto traz uma conversa por telefone entre marido e mulher, o que marca uma situação específica de diálogo, na qual não há, normalmente, respeito às prescrições da norma culta. Trata-se, portanto, de uma variação situacional, também chamada de variação diafásica, em que o discurso se adapta ao contexto dos interlocutores, podendo seguir parcialmente tanto o registro formal quanto o informal.
- Analise a frase a seguir: “Querida, eu juro que não era eu.” (1º§) A palavra destacada exerce, no período que compõe, a função sintática de:
a) Aposto.
b) Sujeito.
c) Vocativo.
d) Predicativo do sujeito.
Gabarito: Letra C
Comentário: A palavra “Querida”, em “Querida, eu juro que não era eu.” Exerce a função de um vocativo, ou seja, de um chamamento.
- O título da coletânea de onde o texto fora extraído já sinaliza que a defesa do protagonista é falaciosa. Considerando esse aspecto, assinale a alternativa cujo conteúdo NÃO apresenta indícios de que a defesa do protagonista é mentirosa.
a) O uso do termo “socorro” na penúltima frase do texto.
b) A inconsistência do que diz acerca de sua presença no escritório.
c) O seu conhecimento acerca da cor da saia que a pessoa da foto trajava.
d) O seu pedido insistente para que a antagonista não desligasse o telefone.
Gabarito: Letra D
Comentário: As alternativas A, B e C trazem hipóteses de contradição das alegações do protagonista de que não teria ido ao carnaval. Apenas a letra D seleciona um conteúdo em que não há indícios de mentira.
- A partir do final do primeiro parágrafo, o protagonista altera a sua estratégia argumentativa para buscar convencer sua antagonista daquilo que defende. Considerando o desenrolar da história a partir dessa mudança, é correto afirmar que tal estratégia se mostrou:
a) caidiça.
b) exitosa.
c) próspera.
d) florescente.
Gabarito: Letra A
Comentário: “Caidiça” é um adjetivo que exprime o sentido de algo que não se sustenta ou que cai com frequência. Com isso, quer-se indicar que a estratégia do protagonista não é exitosa, pois vacila em diversos momentos, sempre “caindo”. Portanto, correta a letra A.
- Sobre a construção do texto, analise as afirmativas a seguir.
I. A personagem principal, para se fazer convencer, mantém, a todo momento, um discurso coerente e coeso.
II. O autor transgride, em alguns momentos, as normas da língua portuguesa culta escrita para construir com maior precisão o cenário desejado.
III. Embora não seja possível visualizar com exatidão uma de suas partes, o texto desenrola-se a partir de um diálogo entre duas personagens.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e III.
Gabarito: Letra D
Comentário: O item I está incorreto, pois, por diversas vezes, o protagonista cai em contradição ao contar os fatos. O item II mostra-se correto, pois a norma culta da língua escrita é diversas vezes transgredida. No item III, observa-se que o texto se dá a partir da conversa entre duas pessoas, presumivelmente marido e mulher.
- No que diz respeito à perspectiva sob a qual é apresentado, é correto afirmar que o texto é recortado de maneira:
a) unilateral.
b) insultuosa.
c) ambilátera.
d) pluridimensional.
Gabarito: Letra A
Comentário: O texto apresenta uma crônica unilateral, uma vez que apenas um dos lados é narrado – o lado masculino –, sendo a segunda personagem conhecida apenas indiretamente.
- Analise o título do texto e sua relação com o conteúdo veiculado no mesmo e indique a alternativa que justifica de maneira adequada essa correlação.
a) O título diz respeito ao afazer do protagonista.
b) O título faz referência a uma comparação proposta pelo protagonista.
c) O título realiza uma analogia entre um afazer e a atitude do protagonista.
d) O título remete, metonimicamente, ao espaço supostamente frequentado pelo protagonista.
Gabarito: Letra C
Comentário: O título expressa uma analogia entre a conduta do protagonista e as pressões de sua mulher. Ele, tal como um trapezista, mantém-se firme em seu discurso, sustentando-o mesmo quando parece que vai “cair”.
- Considerando as suas características formais e semânticas, é correto afirmar que o principal objetivo do texto é:
a) Descrever fatos.
b) Narrar uma história.
c) Explicar um conhecimento.
d) Argumentar em favor de uma tese.
GABARITO: LETRA B
Comentário: O texto é majoritariamente narrativo, sendo composto por todos os elementos do tipo – cenário, personagens, contexto, tempo, ações etc.