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AS PARTICULARIDADES DA PROVA DE PORTUGUÊS DA FGV
O que a FGV mais cobra em suas provas de português?
Atualmente, a banca Fundação Getúlio Vargas (FGV) é temida pelos concurseiros pelas peculiaridades observadas na prova de língua portuguesa. A FGV é uma instituição reconhecida pela organização de concursos em várias áreas, oferecendo oportunidades com bons vencimentos em diferentes editais. Para alcançar a aprovação, os candidatos devem enfrentar provas que abrangem diversas disciplinas, sendo a língua portuguesa uma das mais relevantes. Os candidatos, diante da publicação de um edital que conta com a FGV como organizadora, já esperam certa de dificuldade a prova de língua portuguesa. Até mesmo os professores da disciplina costuma, ocasionalmente, divergir em relação a gabaritos extraoficiais para questões propostas pela organizadora.
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A PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DA FGV
O perfil da prova de língua portuguesa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em provas de concursos públicos é abrangente, com um enfoque textual e interpretativo. Acontece que, muitas vezes, a banca parece não oferecer uma resposta adequada ao item proposto ou, em outras vezes, parece haver mais de uma alternativa correta para a questão formulada. Responsável por concursos importantes, como Receita Federal, Senado Federal, Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União, Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Educação de Minas Gerais, a banca vem se destacando pelas provas complexas de língua portuguesa.
A prova de língua portuguesa da FGV é conhecida por ser detalhada e abrangente, avaliando diversas habilidades linguísticas dos candidatos. Geralmente, as questões são apresentadas em formato de múltipla escolha, com cinco alternativas, e têm como objetivo avaliar a capacidade do candidato em compreender, interpretar e aplicar conceitos e regras da língua materna.
A FGV adota uma abordagem que privilegia a língua em uso, valorizando a compreensão e a aplicação prática do idioma. Apesar de o edital contemplar todos os conteúdos de língua portuguesa, é em interpretação de textos que a banca concentra seus esforços. Nos editais da FGV, cobra-se absolutamente tudo, com destaque para o item “norma culta”, o qual já engloba, por si só, outros tantos pontos previstos pela banca.
CONTEÚDOS PREVISTOS NOS EDITAIS DA FGV
Saiba o que a FGV mais cobra em suas provas de português!
Os editais da Fundação Getúlio Vargas costumam trazer sempre os mesmos conteúdos. Algumas poucas provas da área de educação ainda contam com o acréscimo da cobrança dos estilos de época, com foco nas escolas literárias brasileiras. É o caso, por exemplo, do concurso da Secretaria de Educação de Minas Gerais, que prevê, além dos itens regularmente cobrados pela banca, tópicos de literatura.
A banca costuma trazer os seguintes itens no seu edital:
- Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e argumentativo); interpretação e organização interna.
- Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; emprego de tempos e modos dos verbos em português.
- Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e verbos.
- Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de coordenação e subordinação; concordância nominal e verbal; transitividade e regência de nomes e verbos; padrões gerais de colocação pronominal no português; mecanismos de coesão textual.
- Ortografia.
- Acentuação gráfica.
- Emprego do sinal indicativo de crase.
- Pontuação.
- Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo.
- Variação linguística.
- Norma culta.
Nos editais, a organizadora já esclarece que os itens do programa serão considerados sob o ponto de vista textual, ou seja, deverão ser estudados sob o foco de sua participação na estruturação significativa dos textos. Dessa forma, a banca busca avaliar a capacidade dos candidatos em compreender e utilizar a língua portuguesa de forma efetiva.
O ESTILO DA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DA FGV
Entenda o que a FGV mais cobra em suas provas de português!
Flávia Rita Coutinho Sarmento, professora em diversos cursos preparatórios para concursos públicos e autora do livro “Português Descomplicado”, esclarece que, mesmo sendo uma prova difícil, a FGV apresenta uma certa previsibilidade na cobrança de conteúdos linguísticos.
A professora lista oito conteúdos privilegiados nas provas elaboradas pela FGV:
- Coerência e incoerência: nesse tipo de questão, a FGV pede que o candidato analise o aspecto semântico do enunciado, avaliando-o como coerente ou incoerente dentro da realidade de uso da língua.
- Paralelismo sintático: a banca pede que o candidato identifique a alternativa em que os termos coordenados se mostram, sintaticamente, harmônicos, isto é, que estão pautados no paralelismo.
- Coesão: a partir de um trecho de texto, a banca pede a correspondência entre elementos lógicos do texto, marcando
- Tipologia textual: a banca, a partir da organização do texto, pede que o candidato identifique o tipo predominante – argumentativo, expositivo, injuntivo, preditivo, narrativo, descritivo.
- Uso de sinais de pontuação: a banca cobra alterações de sentido a partir do uso de sinais de pontuação ou efeitos relacionados ao emprego desses sinais.
- Variação de sentido: a partir do deslocamento de termos, da reescrita de frases ou da alteração de palavras, a banca explora a manutenção de sentidos em um dado trecho ou a alteração.
- Tipos de discurso: o candidato deve ser capaz de reconhecer as modalidades do discurso e de fazer transposições entre o discurso direito e o indireto.
- Carga semântica de preposições: a banca classifica as preposições em relacionais ou nocionais, cobrando o sentido aplicado ao contexto no último grupo.
O IMPORTANTE É ESTUDAR
Para ser aprovado em um concurso público organizado pela FGV, é necessário que o candidato dedique tempo e esforço aos estudos da língua portuguesa. Além de dominar os conteúdos exigidos no edital, é essencial desenvolver habilidades interpretativas, ampliar o vocabulário e compreender as regras gramaticais em um contexto discursivo amplo. Há pouquíssimas questões de classificação de termos ou de função. A banca se preocupa com o caráter social da língua, colocando-a em uma dinâmica de análise de seus diferentes recursos.