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Não existe fórmula mágica para aprender português para concurso, mas existe técnica. Há métodos que otimizam a sua preparação e aumentam o seu rendimento nos estudos. A banca Fundação Carlos Chagas (FCC) é uma das principais organizadoras de concurso público e neste post você vai aprender 5 dicas para resolver exercícios e treinar com questões comentadas. Vamos lá?
1- Conheça o nível da prova
Em português para concurso, a FCC tem um nível de cobrança de médio a alto. O candidato realmente precisa estar bem preparado e conhecer a língua portuguesa. Para isso, a dica é resolver questões de forma exaustiva.
Ao resolver exercício, você vai conseguir conhecer o nível da sua prova, os tipos de questões e os assuntos mais cobrados. Quanto mais treinar, mais preparado vai estar. Leia cada enunciado duas vezes, marque o que a alternativa está pedindo e tenha muita, mas muita atenção ao marcar a sua resposta.
2 – Diferença entre interpretar e compreender o texto
Em provas de nível médio e superior, saber resolver uma questão de texto pode garantir a sua posse.Para isso, é fundamental saber a diferença entre interpretar e compreender o texto, pois as questões podem trabalhar de diversas maneiras e você precisa treinar a sua habilidade.
Compreender o texto é você conseguir entender o que o texto está informando, ou seja, o assunto. Logo, fique atento a estruturação de ideias, e procure fazer um mapa de texto: escreva o que considera mais importante em cada parágrafo. Servirá de orientação e ajudará você a compreender o assunto do texto.
3 Tipos de questões mais cobradas
Você sabe os tipos de questões mais cobradas em português para concurso? Para isso, resolva provas anteriores e treine exercícios por assunto. Faça uma lista dos principais assuntos que aparecerem e identifique os conteúdos que está bom e outros que precisa de um reforço. Conheça os seus pontos fracos e fortes!
4 – Assuntos mais cobrados
- Interpretação de texto:
- Confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas: fique atento a erros de concordância verbal ou nominal, pontuação, acentuação e gramática
- Conjunções coordenadas e subordinadas.
- Verbo: foque em estudar os tipos de complemento, concordância, voz verbal, emprego de tempos e modos e correlação.
- Pontuação
5 -Mantenha a calma!
Ao resolver a prova de português para concurso ou de qualquer outra disciplina mantenha a calma. Pode parecer clichê, mas é muito comum erros por falta de atenção. Leia a alternativa, grife o que considera mais importante e tente relembrar os conceitos.
Qual o assunto da questão? Verbo? Crase? O que o enunciado está pedindo? Relembre o conceito. Isso vai ajudar a se lembrar dos detalhes. Mantenha a concentração, o foco e, principalmente, a tranquilidade, para evitar ansiedade ou nervosismo. Você é muito ansioso? Confira algumas dicas que vão ajudar você a controlar a sua ansiedade.
Questões comentadas FCC
Que tal colocar em prática todas as dicas citadas? Separe algumas provas e exercícios da banca FCC para você resolver. Anote o assunto, a data e o seu percentual (%) de acerto/erro. Isso vai ajudar você a conhecer os seus pontos fortes e fracos, para saná-los até o dia da prova.
Vamos treinar?
1- (F.C.Chagas/Técnico/TRT-3ª R) A frase em que ambos os elementos sublinhados exercem a função de núcleo do sujeito é:
(A) Os bens dos aristocratas deviam ser considerados patrimônio de quem os tomou.
(B) Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres.
(C) Os museus, ao contrário do que se imagina, são uma invenção moderna.
(D) Muitos acham que não é justo apagar os vestígios do passado.
(E) Dessa escolha da Assembleia Nacional nasceram os museus.
Resposta correta – letra A. Em A, o termo “bens” é núcleo do sujeito e o vocábulo “quem” refere-se ao núcleo do sujeito. Em B, “parisienses” é núcleo do sujeito; revoltados é adjunto adnominal; “nobres” qualifica casas, logo é adjunto adnominal. Em C, “museus” é núcleo do sujeito; “invenção” (moderna) é predicativo do sujeito. Em D, o sujeito oracional, logo não há núcleo e vestígios é objeto direto. Em E, “escolha” não é sujeito; “museus” é núcleo do sujeito.
2- (F.C.Chagas/Analista/TJRJ) A frase em que ambos os elementos sublinhados são complementos verbais é:
(A) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas opiniões em contrário.
(B) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho cronista, leitor amigo.
(C) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres num cemitério.
(D) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando desce a um porão…
(E) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou evocação mágica numa casa moderna.
Resposta correta – letra A. “vos” à objeto indireto/ “arquitetura” →à objeto indireto. Em B, “ninguém” à sujeito / “tanto” à adjunto adverbial de intensidade. Em C, “sob os pés da família” à adjunto adverbial de lugar / “os cadáveres” à sujeito. Em D, “gravatas manchadas” à sujeito / “a um porão” à adjunto adverbial de lugar. Em E, “numa casa moderna” à adjunto adverbial de lugar / “qualquer mistério” à objeto direto.
3- (F.C.Chagas/Técnico/TJRJ) Atentando-se para a sintaxe, é correto afirmar:
(A) Em A lei e a ordem eram a regra, o segmento grifado é complemento verbal de eram.
(B) Na frase Na televisão, os heróis urram, gritam, destroem, torturam, tão estridentes quanto os arqui-inimigos maléficos, o segmento grifado é complemento verbal dos verbos destroem e torturam.
(C) Na frase Éramos viciados em gibis, estamos diante de um sujeito indeterminado.
(D) Em Gibis abasteciam de ética o vasto campo da fantasia infantil, o segmento grifado exerce a função de objeto indireto.
(E) Na frase Eles eram o lado certo que combatia o lado errado, o segmento grifado exerce a função de predicativo do sujeito.
Em A, o segmento grifado é predicativo do sujeito, pois se trata de uma qualificação. Em B, o termo estacado é um adjunto adverbial de comparação. Em C, trata-se de um caso de sujeito oculto ou desinencial – “(Nós ) éramos…”. Resposta correta – letra D: O segmento grifado exerce função de objeto direto do verbo abastecer. Em E, o termo destacado é objeto direto do verbo combater.
4 – (F.C.Chagas/Técnico/TJRJ) … das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços.
O segmento grifado exerce na frase acima a função de:
(A) sujeito.
(B) objeto direto.
(C) objeto indireto.
(D) adjunto adverbial.
(E) adjunto adnominal.
Resposta correta – letra A: Trata-se de uma oração invertida. “das varandas” não pode ser sujeito, pois a expressão está precedida preposição. Logo, “colchas, toalhas e outros adereços” pendiam das varandas, sendo o termo, portanto, sujeito.
5- (F.C.Chagas/Analista/TRE-PE) O termo sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram os hindus exerce a função de ……, a mesma função sintática que é exercida por …… na frase Cometeram-se incontáveis violências contra os hindus:
Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima, respectivamente:
(A) objeto direto – os hindus.
(B) sujeito – os hindus
(C) sujeito – violências
(D) agente da passiva – os hindus
(E) agente da passiva – violências.
Resposta correta – letra C: O termo “os ingleses” funciona como sujeito sintático de “subjugaram”, observe que há traços de terceira pessoa do plural em ambos. O “se” em “cometeram-se” é PA. Logo, o sujeito paciente é “incontáveis violências contra os hindus”.
6-(F.C.Chagas/Assessor/ALPB) Ninguém na família tocava qualquer instrumento.
O elemento em destaque acima exerce a mesma função sintática que o elemento grifado em:
(A) Mas sei que veio firme…
(B) Eu não sei.
(C) … o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário.
(D) … sanfoneiros itinerantes que passavam por Itabaiana…
(E) Eu digo isso porque eu também…
Na frase base, o verbo “tocar” é transitivo direto, tendo como complemento um objeto direto; portanto, o termo destacado deve também ser um objeto direto. Em A, tem-se um predicativo do sujeito . Em B, tem-se um sujeito simples, expresso. Em C, tem-se um predicativo do sujeito. Em D, tem-se um pronome relativo com função de sujeito. Resposta correta – letra E: Em E, tem-se um objeto direto, sendo, por isso, a resposta.
7)(F.C.Chagas/Consultor/ALPB) O livro foi oferecido a todos os editores nacionais, de todos recebeu um não seco …
O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma função sintática que o elemento grifado em:
(A) … o que consolidou sem dúvida a posição do estreante …
(B) … quando não me deram o calado como resposta.
(C) Seu primeiro livro – Menino de engenho – é chave de uma obra …
(D) O escritor mesmo, certa vez, em artigo de jornal, contou alguma coisa a respeito do livro de estreia …
(E) … que ficará definitivamente encerrado com o aparecimento de Usina, em 1936.
Na frase base, o verbo “receber” é transitivo direto e indireto, portanto o termo destacado, como está preposicionado, funciona como objeto in direto. Em A, tem-se um objeto direto. Resposta correta: letra B: Em B, tem-se um objeto indireto em forma pronominal; o verbo “dar” também é transitivo direto e indireto, sendo “o calado” objeto direto e o “me” objeto indireto. . Em C, tem-se adjunto adnominal. Em D, tem-se um adjunto adnominal. Em E, tem-se um predicativo do sujeito.
8- (F.C.Chagas/Consultor/ALPB) Havia por esse tempo a revolução de São Paulo …
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em:
(A) Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra …
(B) Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio.
(C) Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens …
(D) Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores.
(E) Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti, seus pais…
Na frase base, o verbo “haver” é transitivo direto, portanto a forma verbal destacada deve também ser transitiva direta. Em A, tem-se um verbo de ligação. Em B, tem-se verbo de ligação. Em C, tem-se um verbo intransitivo. Resposta correta: letra D: Em D, tem-se um verbo transitivo direto, pois apresenta como complemento um termo não preposicionado . Em E, tem-se um verbo intransitivo com complemento preposicionado .
10- (FC.Chagas/Agente/MPE-AM) Não existe neles beleza específica.
A mesma função sintática do termo grifado acima está no segmento também grifado em:
(A) … ela me parece colocar a poesia em sua real posição diante das outras artes…
(B) A comparação pode parecer orgulhosa…
(C) … insistem filósofos, críticos e mesmo os próprios poetas…
(D) … a de ser expressão verbal rítmica ao mundo informe de sensações, sentimentos e pressentimentos dos outros…
(E) Ele vive no vórtice dessas contradições, no eixo desses contrários.
Na frase base, o verbo “existir” é intransitivo, portanto o termo destacado funciona como sujeito. Em A, tem-se um objeto direto. Em B, tem-se um predicativo do sujeito. Resposta correta – letra C: Em C, tem-se um sujeito invertido em relação ao verbo, tal qual ocorre na frase base. Em D, tem-se um complemento do nome “expressão”. Em E, tem-se um adjunto adverbial de lugar, tomado em sentido figurado.
11- (F.C.Chagas/Técnico/MPE-AM) … para lidar com as múltiplas vertentes da justiça…
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da frase acima se encontra em:
(A) A palavra direito, em português, vem de directum, do verbo latino dirigere…
(B) … o Direito tem uma complexa função de gestão das sociedades…
(C) … o de que o Direito […] esteja permeado e regulado pela justiça.
(D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da justiça…
(E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento de justiça.
Na frase base, o verbo “lidar” é transitivo indireto, portanto o termo destacado deve também ser transitivo indireto. Resposta correta – letra A: Em A, tem-se um verbo transitivo indireto, tal qual ocorre na frase base; “de directum” funciona como objeto indireto do verbo “vir”, empregado no sentido de “originar-se”. Em B, tem-se um verbo transitivo direto. Em C, tem-se um verbo transitivo direto em forma de passiva analítica. Em D, tem-se um verbo transitivo direto. Em E, tem-se um verbo transitivo direto.
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12 -(FCC.Chagas/Analista/TRT-18ª R) A dificuldade mais monumental […] provinha dos desafios técnicos do projeto…
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
(A) Ele inventou um guindaste capaz de…
(B) … os governantes da cidade italiana iniciavam uma empreitada épica…
(C) … ele fazia seus projetos em código.
(D) Em outra ocasião, armou uma farsa para…
(E) O gênio de Brunelleschi residia em seu domínio da dinâmica dos materiais…
Na frase base, o verbo “provir” é transitivo indireto, portanto o termo destacado deve também ser transitivo indireto ou um verbo intransitivo regido de complemento preposicionado, tal qual a FCC vem adotando como linha teórica. Em A, tem-se um verbo transitivo direto. Em B, tem-se um verbo transitivo direto. Em C, tem-se um verbo transitivo direto. Em D, tem-se um verbo transitivo direto. Resposta correta – letra E: Em E, tem-se um verbo intransitivo regido de complemento preposicionado, o que condiz com a frase base. Lembrete: Para a FCC, termos preposicionados ligados ao verbo (objeto indireto e adjunto adverbial) têm a mesma natureza sintática, diferenciando-se dos complementos nominais (ligados ao nome) e dos objetos diretos (ligados a um verbo que não exige preposição).
13- (FC.Chagas/Analista/TRT-18ª R) Algumas pessoas não atribuirão “consciência” a criatura alguma…
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está em:
(A) … e que os “primitivos” africanos não lamentariam a terra natal e a família abandonadas à força…
(B) … essa questão assume uma importância central…
(C) … as expressões vocais e faciais desses parentes evolutivos próximos são semelhantes às nossas próprias reações…
(D) … isso depende da definição escolhida.
(E) … uma vez que a escravidão lhes assegurasse a sobrevivência do ponto de vista físico.
Na frase base, o verbo “atribuir” é transitivo direto e indireto, portanto o termo destacado deve também ser transitivo direto e indireto. Em A, tem-se um verbo transitivo direto. Em B, tem-se um verbo transitivo direto. Em C, tem-se um verbo de ligação. Em D, tem-se um verbo transitivo indireto. Resposta correta – letra E: Em E, tem-se um verbo transitivo direto e indireto, tal qual ocorre na frase base, sendo “lhes” objeto indireto e “a escravidão” objeto direto.
14- (F.C.Chagas/Técnico/TCE/CE) No segmento do texto
(A) não há limites para a insânia, o elemento sublinhado é o sujeito.
(B) desolado ante o espetáculo da humanidade, a expressão sublinhada tem o valor de em vista do.
(C) Eu próprio teria fornecido ao meu amigo umas ilustrações de insânia, a forma verbal está na voz passiva.
(D) rir de si mesmo é uma virtude, exemplifica-se um caso de oração sem sujeito.
(E) motivos não me faltam, o segmento sublinhado pode ser corretamente substituído por não há de me faltar.
Em A, tem-se que o verbo “haver”, com sentido existencial, forma oração é sem sujeito; o termo “para a insânia” funciona como complemento nominal. Resposta correta – letra B: Em B, a expressão “ante o” tem valor de “em vista de”, sendo, portanto, equivalentes do ponto de vista semântico.. Em C, tem-se um tempo composto (ter/haver + particípio). Não se deve confundir com passiva (ser + particípio). A forma verbal composta aceita a passiva, mas a alternativa encontra-se na voz ativa. Em D, tem-se em “rir de si mesmo” um sujeito oracional. Em E, o verbo “haver”, não possuindo valor existencial, será flexionado conforme o sujeito, pois será verbo auxiliar (“Motivos não hão de me faltar”). Embora ocorra alteração de sentido, o comando exigiu a correção da frase, o que se atinge com o uso do verbo “haver”.
15- (F.C.Chagas/Técnico/TRT-4ª R) E havia uma gramática…
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em:
(A) João só será definitivo…
(B) Estão em toda parte.
(C) E não exigem nada.
(D) Eu sonho com um poema …
(E) As pessoas atrapalham.
Na frase base, o verbo “haver” é transitivo direto, portanto o termo destacado deve também ser transitivo direto. Em A, tem-se um verbo de ligação. Em B, tem-se um verbo intransitivo, seguido de adjunto adverbial de lugar. Lembrete: Para o verbo “estar” ser verbo de ligação deveria vir acompanhado de predicativo do sujeito. Resposta correta – letra C: Em C, tem-se um verbo transitivo direto, sendo “nada” complemento direto de “exigir”. Em D, tem-se um verbo transitivo indireto. Em E, tem-se um verbo intransitivo
16- (F.C.Chagas/Analista/TRF-4ª R) Ambos os elementos sublinhados são exemplos de uma mesma função sintática na frase:
(A) Vários jovens já concluíram os estudos e reorganizaram a vida.
(B) “Virando a página” é uma iniciativa que deveria ser imitada por outras associações.
(C) Muitos desacreditaram de tais iniciativas.
(D) São atendidos jovens com idade entre 16 e 21 anos.
(E) Recebem atendimento multidisciplinar e acompanhamento jurídico.
Resposta correta – letra A: Em A, os dois termos exercem a mesma função sintática. A expressão “os estudos” funciona como objeto direto do verbo concluir; a expressão “a vida” funciona com objeto direto do verbo reorganizar. Em B, “iniciativa” é predicativo do sujeito; “por associações” é agente da passiva. Em C, o termo “muitos” funciona como sujeito; a expressão “de tais iniciativas” funciona como objeto indireto. Em D, o termo “jovens” funciona como sujeito; a expressão “com idade entre 16 e 21 anos” funciona como adjunto adnominal. Em E, “recebem” é um verbo transitivo direto, sendo “atendimento multidisciplinar” objeto direto, tendo como núcleo “atendimento” e como adjunto adnominal “multidisciplinar”.
17- (F.C.Chagas/Analista/TRT-13ª R) Considerando-se o contexto, a palavra que no segmento
(A) … que remonta aos autos medievais… (5o parágrafo) é um pronome com a função de objeto indireto.
(B) As atividades que o grupo desenvolveu… é uma conjunção que equivale a “conforme”.
(C) … temas e formas de expressão artística que mais tarde viriam a influenciar… é uma conjunção que introduz o predicativo do sujeito.
(D) … mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao gênero do cordel. é um pronome com a função de sujeito.
(E) … e costuma dizer que boa parte da obra de Shakespeare… é um pronome que introduz um objeto direto..
Em A, tem-se “que” como pronome relativo, com função de sujeito (= isso remonta aos autos medievais). Em B, tem-se “que” como pronome relativo, com função de objeto direto. Em C, tem-se “que” como pronome relativo, com função de sujeito. Resposta correta – letra D: Em D, tem-se “que” como pronome relativo, com função de sujeito . Em E, tem-se “ que” como conjunção integrante, introduzindo um objeto direto.
18- (F.C.Chagas/Analista/TCE-GO) … que enfatizam o caráter alienante das consciências…
O verbo que, no contexto, possui o mesmo tipo de complemento do sublinhado acima está empregado em:
(A) … haveria tipos diferentes de produtos de massa…
(B) Surgiria uma cultura de massas…
(C) Poucos hoje discordariam de que…
(D) Não que a cultura de massa fosse necessariamente igual…
(E) … o mundo todo passa pelo “filtro da indústria cultural”…
Na frase base, enfatizar é um verbo transitivo direto, sendo “o caráter alienante das consciências” objeto indireto. Resposta correta – letra A: Em A, “haver” com valor existencial é transitivo direto e forma oração sem sujeito. Em B, o verbo “surgir” é intransitivo, havendo inversão do sujeito. Em C, o verbo “discordar” é transitivo indireto. Em D, o verbo “ser” é de ligação, sendo “necessariamente igual” predicativo do sujeito. Em E, o verbo “passar” é transitivo indireto.
19- (F.C.Chagas/Analista/TCE-GO) Entretanto, essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.
Mantendo-se a correção e a o sentido, a conjunção sublinhada acima NÃO pode ser substituída por:
(A) No entanto
(B) Todavia
(C) Nada obstante
(D) Contudo
(E) Conquanto
Na frase base, o conector “entretanto” é coordenativo adversativo e é utilizado como verbos no modo indicativo. Em A, B, C e D, os conectores “no entanto”, “todavia”, “nada obstante” e “contudo” também são conjunções coordenadas adversativas. Resposta correta – letra E: Em E, a conjunção “conquanto” é subordinativa concessiva, exigindo, portanto, verbo no modo subjuntivo.
20- (F.C.Chagas/Analista/MANAUSPREV) Considere:
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização…
O segmento sublinhado que exerce, no contexto, a mesma função sintática que a do sublinhado acima está em:
(A) Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados…
(B) … porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e automação.
(C) … podemos agregar inteligência à ocupação…
(D) Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes
(E) … determinando e regulando fluxos de substâncias e energias
Na frase base, o termo destacado funciona como sujeito sintático. Em A, a expressão “bem guardados” funciona como predicativo do objeto. Em B, “entre trilhões” funciona como adjunto adverbial de relativização. Em C, o termo “inteligência” funciona como objeto direto. Resposta correta – letra D: Em D, a frase está invertida do ponto de vista sintático, sendo “existir” um verbo intransitivo e “condições semelhantes” sujeito sintático. Em E, a expressão “fluxos de substância” funciona como objeto direto do verbo “regular”.
21 – (FCC – Prefeitura de Recife – Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão – 2019) Há presença de forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às normas de concordância na seguinte frase:
(A) Reservam-se aos cientistas a prerrogativa de investigar os fenômenos valendo-se do método dedutivo.
(B) Haverá de ocorrer, a cada vez que se espera demais da ciência, reações frustradas pela falta de resposta.
(C) Não se deve imaginar, obviamente, que caibam aos métodos científicos atender a inquirições metafísicas.
(D) Ao se identificarem nossos objetivos com os dos animais, em nada se reduz a altura da nossa consciência.
(E) Os limites que não se admitem impor-se ao conhecimento são por vezes desconsiderados.
COMENTÁRIO: A letra “A” está incorreta por flexionar o verbo “reservar” para o plural, pois o uso da partícula apassivadora “se”, responsável pela construção da voz passiva sintética, faz com que o sujeito se torne paciente, sendo ele a oração “prerrogativa de investigar os fenômenos valendo-se do método dedutivo”. Assim, como o sujeito oracional flexiona o verbo na 3ª pessoa do singular, a assertiva está incorreta.
Com relação a letra “B”, o erro não se encontra na voz passiva “se espera”, mas, sim, na regra de concordância do verbo “haver. Uma vez que ele expressa sentido de existir, deveria ter sido flexionado com o sujeito plural “reações frustradas” – “[…] relações frustradas haverão de ocorrer […]”.
Acerca da letra “C”, o erro encontra-se, também, na flexão incorreta do verbo “caber”, uma vez que o sujeito é oracional, correspondendo ao trecho “atender a inquirições metafísicas”. Assim, o verbo deveria estar na 3ª pessoa do singular – “[…] que caiba […] atender a inquirições metafísicas”.
A letra “D” é o gabarito da questão, pois está de acordo com as regras de concordância e de construção da voz passiva.
O erro da letra “E” está, por sua vez, no uso inadequado da partícula “se” no verbo “impor”. A forma passiva já estaria construída com a primeira partícula “se”, sendo a segunda desnecessária e prejudicial à correção gramatical da frase.
22 – (FCC – Prefeitura de Recife – Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão – 2019) Está plenamente adequada a correlação entre os tempos e os modos verbais na frase:
(A) Caso envelhecêssemos por inteiro, não haveremos de frequentar sensações já vividas.
(B) Alguém já terá notado que o que vivemos não pudesse retornar senão com o auxílio da nossa imaginação.
(C) Se meus olhos não estivessem úmidos, eu não haverei como me dar conta da força daquela emoção.
(D) À medida que as emoções iam tomando conta de mim, maior a inibição que me impedia a fala.
(E) Pior ataque costumava ser o da infância, quando esta se imporia a mim de modo súbito e intenso.
COMENTÁRIO: A letra “A” está incorreta pois o verbo na forma do pretérito do subjuntivo deverá concordar, normalmente, com o futuro do pretérito do indicativo – “caso envelhecêssemos por inteiro, não haveríamos de frequentar sensações já vividas.
A letra “B” está incorreta porque as relações verbais temporais não são adequadas. O pretérito do subjuntivo, como dito, deve concordar com o futuro do pretérito do indicativo, não com o futuro do presente. A forma correta da oração seria, assim: “Alguém já teria notado que o que vivemos não poderia retornar […]”.
A letra “C” encontra-se errada também pelo uso de verbos com tempos e modos verbais inadequados. A forma correta seria – “se meus olhos não estivessem úmidos, eu não haveria como me dar conta da força […]”.
A letra “D” está correta e é o gabarito da questão.
A letra “E” encontra-se incorreta porque a relação lógico-temporal implica ambos os verbos no pretérito imperfeito do indicativo, já que o autor se refere um evento cujas ações ocorrem no mesmo espaço temporal – “O pior ataque costumava ser o da infância, quando esta se impunha a mim de modo súbito e intenso”.
23 – (FCC – Prefeitura de Recife – Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão – 2019) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:
(A) A quem (preocupar) os óbices da velhice se fosse sempre possível reviver algumas de nossas melhores experiências da infância?
(B) Acredita o autor que (poder) chegar a sucumbir a ataques de infância quem está vivendo muito mal o próprio envelhecimento.
(C) Não se (lamentar) pelos infortúnios dos dias que correm o velho que guarda no tesouro da memória seus momentos de felicidade.
(D) Quando não (parecer) restar ao idoso desencantado senão memórias infelizes, cumpre-lhe tornar felizes os dias que lhe sobram.
(E) Ao envelhecimento feliz (costumar) agregar-se imagens de outra época em que se foi igualmente feliz, em atração recíproca.
COMETNÁRIO: Na letra “A”, a verbo entre parênteses não pode concordar com o substantivo sublinhado “velho”, pois ele não exerce a função de sujeito da oração, uma vez que se encontra preposicionado.
Na letra “B”, o verbo “poder” deverá concordar com o sujeito singular “autor”. A palavra sublinhada “ataques” corresponde ao objeto indireto do verbo sucumbir.
Na letra “C”, o verbo “lamentar” deverá concordar com o substantivo grifado “velho”, uma vez que ele desempenha a função sintática de sujeito da oração. Esse é, portanto, o gabarito da questão.
Na letra “D”, o substantivo “Idoso” não é o sujeito da oração, mas o objetivo indireto do verbo restar, uma vez que se encontra preposicionado. O verbo “parecer” deverá concordar com o substantivo plural “memórias infelizes”.
A letra “E” encontra-se, por sua vez, incorreta porque o verbo “costumar” deve concordar com o sujeito plural “imagens”.
24 – (FCC – Prefeitura de Recife – Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão – 2019)
Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa, mas sua quebra mostra também nossos limites.
Numa nova e igualmente correta redação da frase acima, iniciada agora pelo segmento A quebra de um juramento mostra nossos limites, pode-se seguir esta coerente complementação:
(A) embora não deixe de expor a beleza que está em afirmarmos nossa vontade.
(B) uma vez que nossa vontade, com sua beleza, afirma nosso acordo com a Natureza.
(C) à medida em que nossa vontade acaba expondo toda a sua beleza.
(D) até por que também se expõem o que há de belo na afirmação de nossa vontade.
(E) não fosse a beleza que também têm na quebra mesma da nossa vontade.
COMENTÁRIO: Trata-se de uma questão de uso de conector. Como houve inversão das orações, a relação de sentido, para ser mantida, deverá ser estabelecida por um conector concessivo, pois a exposição da beleza de se afirmar nossa vontade é uma exceção à quebra do juramento. Assim, correta a letra “A” por indicar a substituição da conjunção adversativa “mas” pela concessiva “embora. Quanto à letra “B”, encontra-se errada porque a locução conjuntiva “uma vez que” expressa causa”. Já a letra “C” traz uma locução estruturalmente equivocada, pois a forma correta seria a locução proporcional “à medida que” ou a causal “na medida em que”. A letra “D” está incorreta por trazer uma explicação, o que quebra a relação lógica pretendida, além de apresentar erro de concordância no verbo “expor”, que deveria estar no singular para concordar com o sujeito singular o que o segue. A letra “E” está completamente incorreta em razão dos erros gramaticais, como a correlação de tempos e modos verbais e a flexão do verbo “ter” para o plural.
Em cada dia de estudo, busque o melhor que você pode ser. Faça a sua parte e com treino você vai conseguir gabaritar as questões de português para concurso.
Para auxiliar nos seus estudos, a professora Flávia Rita elaborou o curso Preparação Permanente FCC, que alia teoria e exercício específico da banca. O curso é ideal para você fazer uma revisão dos principais pontos teóricos e conhecer a forma de cobrança da banca.
A professora Flávia Rita preparou um curso novinho para 2019. O curso Preparação Permanente FCC 2019 é completo e abrange todos os temas cobrados nos concursos públicos de maior relevância em todo o país, como domínio da ortografia oficial. Emprego da acentuação gráfica. Emprego dos sinais de pontuação. Flexão nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Sintaxe. Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. Adequação da linguagem ao tipo de documento. Adequação do formato do texto ao gênero, dentre outros.
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Qual concurso da FCC você está se preparando? Qual assunto você acha mais difícil? Envie o seu comentário para a gente!