FUNDATEC: 10 QUESTÕES COMENTADAS

FUNDATEC

Aprenda com 10 questões comentadas da FUNDATEC e entenda o estilo da banca para gabaritar Português nos concursos públicos!

INTRODUÇÃO

A Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências (FUNDATEC) é conhecida por elaborar provas com alto nível de exigência, principalmente nas áreas de Língua Portuguesa e interpretação de textos. Dominar o estilo da banca é fundamental para quem deseja alcançar um bom desempenho nos concursos organizados por ela. Neste post, selecionamos 10 questões comentadas da FUNDATEC, com explicações detalhadas sobre o raciocínio por trás de cada alternativa. O objetivo é ajudar você a compreender os padrões de cobrança, identificar armadilhas comuns e aprimorar sua leitura e análise linguística — habilidades essenciais para conquistar a aprovação.

QUESTÕES COMENTADAS

A internet está cada vez mais parecida com aquelas cidades do Velho Oeste

  • 01 A internet está cada vez mais parecida com aquelas cidades do Velho Oeste onde a lei ainda não
  • 02 chegou — ou chegou, mas ninguém deu bola. Como a maioria de nós trabalha, estuda, se
  • 03 informa, escolhe candidato, bate papo, namora e se diverte — ou seja, vive — nesse ambiente
  • 04 em que corporações transnacionais obedecem, ou não, …. leis conforme a própria conveniência,
  • 05 somos todos figurantes involuntários nesse faroeste high-tech. Para sobreviver no Forte Apache,
  • 06 é preciso aprender a desviar do tiroteio: distor__ão de fatos, inteligência artificial usada de forma
  • 07 maliciosa, descontextualização, lin__amentos virtuais, influencers picaretas, golpes, crimes e –
  • 08 armadilhas em geral (como as tais apostas, “bets”, que se transformaram em mania e tragédia
  • 09 nacional). Mas enquanto alguns se encolhem, outros prosperam. Oportunistas de diferentes
  • 10 naturezas, de bi__ionários a ladrões de galinha, aproveitam o banzé no Oeste para acumular
  • 11 dinheiro, poder e/ou influência …. custas da ignorância alheia, sob o olhar impotente de governos
  • 12 e da sociedade civil. No meu faroeste favorito, O Homem que Matou o Facínora (1962), até
  • 13 existe um xerife, mas é de faz-de-conta. Sendo assim, o bandido Liberty Valance (Lee Marvin)
  • 14 tem o caminho livre para barbarizar. Ninguém pode com ele. Nem a polícia, nem os políticos,
  • 15 nem a imprensa e nem mesmo o caubói mais valente do lugar, Tom Doniphon (John Wayne). As
  • 16 coisas começam a mudar quando um advogado, Ransom Stoddard (James Stewart), chega ….
  • 17 cidade com a mala carregada de livros e ideias de justiça. Ele não é pár__o para um duelo à
  • 18 moda antiga, mas pode ensinar as crianças a ler e os adultos a se unirem em busca do que é o
  • 19 melhor e mais justo para a maioria. Na mitologia americana, James Stewart é “o sistema”, ou
  • 20 seja, a lei, a democracia, a república. Mas o duelo final, desculpem o spoiler, não é resolvido
  • 21 pelo sujeito sabido da cidade grande, mas entre os dois caubóis: o do bem, John Wayne, e o do
  • 22 mal, Lee Marvin. Sujeitos como Elon Musk imaginam-se como cavaleiros solitários, bons de
  • 23 briga, que não precisam da lei nem do Estado para resolver as coisas a seu modo. Gostam de se
  • 24 proclamar defensores da liberdade, mas só quando lhes é interessante. Espalham medo e
  • 25 desordem, mas, quando se olham no espelho, veem John Wayne, e não Lee Marvin. …. seu
  • 26 modo, são uma versão atualizada do facínora que tem prazer em barbarizar o vilarejo —
  • 27 protegidos, até segunda ordem, pela ausência de limites e de xerife.

QUESTÃO 01 – Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 06, 07, 10 e 17.

A) ç – ch – l – e

B) s – x – lh – i

C) ç – x – lh – i

D) s – x – l – e

E) ç – ch – lh – i

RESPOSTA: A

Comentário da QUESTÃO 01

Enunciado: identificar as letras que completam corretamente as lacunas das palavras nas linhas 06, 07, 10 e 17 do texto.

As palavras são:

  • linha 06 → distor__ãodistorção → usa-se ç, pois vem do verbo distorcer;
  • linha 07 → lin__amentos virtuaislinchamentos → usa-se ch, como em linchar;
  • linha 10 → bi__ionáriosbilionários → usa-se l, com um só “l” (duas vezes apenas no plural bilhões);
  • linha 17 → pár__opáreo, com e, palavra que significa “competidor equivalente”.

Alternativa correta: A) ç – ch – l – e


QUESTÃO 02 – Considerando o uso da crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 04, 11, 16 e 26.

A) as – as – a – A

B) as – às – a – À

C) às – às – à – A

D) as – as – à – A

E) às – às – à – À

RESPOSTA: C

Comentário da QUESTÃO 02

Enunciado: analisar o uso da crase (à) nas lacunas das linhas 04, 11, 16 e 25 do texto.

Vamos examinar cada trecho:

Linha 04:

“… corporações transnacionais obedecem, ou não, …. leis conforme a própria conveniência”

🔹 Verbo obedecer exige preposição a (obedecer a algo).
🔹 O substantivo leis está no plural e precedido de artigo definido as.
👉 Portanto, ocorre a + as = às.
✅ Correto: às leis

Linha 11:

“… dinheiro, poder e/ou influência …. custas da ignorância alheia…”

🔹 A expressão fixa é “às custas de”, usada para indicar prejuízo ou dependência.
👉 Portanto, novamente há a + as = às.
✅ Correto: às custas

Linha 16:

“… chega …. cidade com a mala carregada de livros…”
🔹 Verbo chegar exige preposição a (chegar a).
🔹 O substantivo cidade vem acompanhado de artigo feminino a.
👉 Assim, a + a = à.
✅ Correto: à cidade

Linha 25:

“…. seu modo, são uma versão atualizada do facínora que tem prazer em barbarizar o vilarejo —”

🔹 Aqui inicia-se um período: “À seu modo” → expressão fixa “à moda / à maneira de / à semelhança de”.
👉 O uso da crase é obrigatório.
✅ Correto: À seu modo

Alternativa correta: C) às – às – à – A

(A última “A” na opção indica a inicial maiúscula de “À seu modo.”)

Comentário final:


A questão avalia o emprego da crase (a + a) em contextos de regência verbal (obedecer a, chegar a) e expressões cristalizadas (às custas, à seu modo).
Dominar esses casos exige reconhecer quando há preposição + artigo feminino — e não apenas confiar no som


QUESTÃO 03 – Assinale a alternativa que poderia substituir o vocábulo facínora (l. 26) sem causar incorreção à estrutura ou ao sentido do texto.

A) Fatídico.

B) Famigerado.

C) Celerado.

D) Inóspito.

E) Desonrado.

RESPOSTA: C

Comentário da QUESTÃO 03

Enunciado: encontrar um sinônimo de “facínora” (linha 26) que mantenha o sentido e a correção gramatical do texto.

🔹 Trecho original:

“… são uma versão atualizada do facínora que tem prazer em barbarizar o vilarejo…”

O termo facínora significa “criminoso cruel, bandido violento, sujeito perverso”.
É uma palavra de tom formal e forte, usada para caracterizar alguém de extrema maldade — o oposto do herói ou do “xerife”.

Vamos analisar as alternativas:

A) Fatídico → significa funesto, trágico, inevitável. Refere-se a acontecimentos, não a pessoas. ❌

B) Famigerado → quer dizer muito conhecido, famoso (geralmente de má fama). Aproxima-se em tom negativo, mas é menos intenso e não expressa crueldade. ❌

C) Celerado → significa criminoso, perverso, malvado, facínora.
👉 É sinônimo perfeito dentro do contexto sem alterar o sentido nem a estrutura sintática. ✅

D) Inóspitohostil, de difícil convivência ou moradia; aplica-se a lugares, não a pessoas. ❌

E) Desonradosem honra, mas não necessariamente violento ou criminoso. ❌

Alternativa correta: C) Celerado

Comentário final:
A questão avalia vocabulário contextual e sinonímia de registro elevado.
“Celerado” mantém o mesmo valor semântico e tom formal de “facínora”, preservando o sentido de maldade ativa que o texto atribui aos “vilões modernos” da internet.


QUESTÃO 04 – Considere a ocorrência dos vocábulos “mas” (l. 02) e “e” (l. 19, 1ª ocorrência), as asserções que seguem e a relação proposta entre elas:

I. “Mas” e “e” são conjunções integrantes.

VISTO QUE

II. Ambas estabelecem relação de subordinação entre as orações que relacionam.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.

A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.

B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.

C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

E) As asserções I e II são proposições falsas.

Comentário da QUESTÃO 04

Enunciado: análise das conjunções “mas” (linha 02) e “e” (linha 19) quanto à classificação e função sintática.

🔹 Trecho 1 — linha 02:

“… onde a lei ainda não chegou — ou chegou, mas ninguém deu bola.”

O “mas” estabelece uma relação de contraste ou oposição entre duas orações:
👉 (a lei chegou, mas ninguém deu bola).
Isso é característica de conjunção coordenativa adversativanão integrante.

🔹 Trecho 2 — linha 19:

“… pode ensinar as crianças a ler e os adultos a se unirem…”

O “e” liga dois termos ou orações de mesma função sintática, estabelecendo adição.
👉 É uma conjunção coordenativa aditiva, também não integrante.

Análise das asserções:

  • I. “Mas” e “e” são conjunções integrantes. ❌
    (Falso — são coordenativas, não integrantes.)
  • II. Ambas estabelecem relação de subordinação entre as orações que relacionam. ❌
    (Falso — estabelecem coordenação, não subordinação.)

Alternativa correta: E) As asserções I e II são proposições falsas.

Comentário final:
A questão testa o reconhecimento das relações sintáticas entre orações.
👉 Conjunções integrantes (que, se) introduzem orações subordinadas substantivas.
👉 Já “mas” (adversativa) e “e” (aditiva) são coordenativas, ligando orações independentes entre si.


QUESTÃO 05 – Analise as assertivas que seguem a respeito do termo assinalado no seguinte fragmento do texto:

“As coisas começam a mudar quando um advogado, Ransom Stoddard (James Stewart), chega … cidade com a mala carregada de livros e ideias de justiça”(l. 16-18)

I. Funciona como núcleo do sujeito simples.

II. Pertence à classe gramatical dos substantivos.

III. É acompanhado de um artigo feminino flexionado no plural, que funciona como adjunto adnominal.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas I e II.

D) Apenas II e III.

E) I, II e III.

RESPOSTA: E

Comentário da QUESTÃO 05

Excelente questão — ela cobra análise sintática e morfológica de forma integrada. Vamos comentar ponto a ponto 👇

📍 Trecho:

“As coisas começam a mudar quando um advogado, Ransom Stoddard (James Stewart), chega à cidade…”

O termo assinalado é “coisas”.

🔹 Análise da assertiva I

I. Funciona como núcleo do sujeito simples.

Correto.
O verbo “começam” está no plural, concordando com o sujeito “As coisas”.
Nesse sujeito, o núcleo é o substantivo “coisas”, já que o artigo “as” apenas o determina.
Portanto, “coisas” é o núcleo do sujeito simples (“as coisas”).

🔹 Análise da assertiva II

II. Pertence à classe gramatical dos substantivos.

Correto.
“Coisas” é um substantivo comum, feminino, plural.
Designa um ser inanimado ou indefinido — exatamente o tipo de palavra que pertence à classe dos substantivos.

🔹 Análise da assertiva III

III. É acompanhado de um artigo feminino flexionado no plural, que funciona como adjunto adnominal.

Correto também.
O termo que acompanha “coisas” é “as”, que é:

  • artigo definido;
  • feminino plural;
  • e, sintaticamente, exerce a função de adjunto adnominal do substantivo “coisas”.

🟩 Conclusão:

Todas as três assertivas estão corretas.

Alternativa correta: E) I, II e III.


QUESTÃO 06 – Na linha 23, o vocábulo “que” poderia ser substituído, correta e adequadamente, por:

A) o qual

B) no qual

C) nos quais

D) os quais

E) dos quais

RESPOSTA: D

Comentário da QUESTÃO 06

Trecho analisado (linha 23):

“Sujeitos como Elon Musk imaginam-se como cavaleiros solitários, bons de briga, que não precisam da lei nem do Estado para resolver as coisas a seu modo.”

🔹 Vamos identificar a função sintática e o tipo de “que”:

O “que” retoma o termo “cavaleiros solitários”, funcionando como pronome relativo que introduz a oração adjetiva:

“(…), que não precisam da lei…
➡ “que” = os quais (plural masculino).

🔹 Teste de substituição:

“… bons de briga, os quais não precisam da lei…” ✅
A frase mantém correção gramatical, concordância e sentido.

A banca, priorizando clareza e fluência, adota a forma sem repetição de preposição.

Alternativa correta: D) os quais

Comentário final:
O “que” da linha 23 é um pronome relativo que retoma “cavaleiros solitários”.
Por concordar em gênero masculino e número plural, a substituição adequada é “os quais”, preservando o sentido e a estrutura da oração.


QUESTÃO 07 – Caso a expressão “a maioria de” (l. 02) fosse suprimida, quantas outras alterações deveriam ser feitas visando manter a correta concordância no período?

A) 7.

B) 8.

C) 9.

D) 10.

E) 11.

RESPOSTA: D

Comentário da QUESTÃO 07

Trecho original (linhas 02–04):

“Como a maioria de nós trabalha, estuda, se informa, escolhe candidato, bate papo, namora e se diverte — ou seja, vive — nesse ambiente em que corporações transnacionais obedecem, ou não, às leis conforme a própria conveniência…”

🔹 A expressão “a maioria de nós” tem núcleo singular (“maioria”), por isso todos os verbos estão no singular:

trabalha, estuda, se informa, escolhe, bate papo, namora, se diverte, vive

Total de 8 formas verbais no singular que concordam com “a maioria”, e dois pronomes reflexivos que acompanham os verbos.

🔹 Se retirarmos “a maioria de” e deixarmos apenas “nós” como sujeito, o sujeito passa a ser plural.
Portanto, todos esses verbos deverão ir para o plural, a fim de manter a concordância correta

  1. trabalhamos
  2. estudamos
  3. nos informamos(2)
  4. escolhemos
  5. batemos papo
  6. namoramos
  7. nos divertimos(2)
  8. vivemos

Atenção: há uma alteração adicional necessária no pronome reflexivo “se”, que aparece duas vezes e deve passar para o plural “nos” (se informa → nos informamos; se diverte → nos divertimos).

Logo, temos:

  • 8 verbos a mudar de singular para plural
  • +2 pronomes reflexivos a ajustar

👉 Total de 10 alterações.

Alternativa correta: D) 10

Comentário final:
A questão exige percepção fina de concordância verbal e pronominal.
Quando o sujeito muda de singular (“a maioria de nós”) para plural (“nós”), devem ser alteradas todas as formas verbais e pronominais ligadas a ele, o que totaliza 10 modificações no período.


QUESTÃO 08 – O prefixo latino “in-” pode expressar negação. Sendo assim, em qual dos vocábulos do texto a ocorrência de “in-” expressa essa ideia?

A) Internet.

B) Involuntários.

C) Inteligência.

D) Imprensa.

E) Interessante.

RESPOSTA: B

Comentário da QUESTÃO 08

Enunciado: identificar, entre os vocábulos do texto, aquele em que o prefixo latino “in-” tem valor de negação.

Vamos analisar cada opção:

A) Internet → o prefixo “inter-”, e não “in-”, significa entre.
👉 Não há ideia de negação. ❌

B) Involuntários → o prefixo “in-” tem sentido de negação, significando não voluntários.
👉 “Involuntário” = não voluntário, não intencional.

C) Inteligência → o “in-” vem de inter (“entre”) na origem intelligere (entender, compreender), não tem valor negativo. ❌

D) Imprensa → o “im-” é variante de in- com valor de intensificação ou contato, não de negação (imprimir = pressionar contra). ❌

E) Interessante → o prefixo “inter-” também significa entre, recíproco, não negação. ❌

Alternativa correta: B) Involuntários

Comentário final:
O prefixo “in-” (ou suas variantes im-, i-, ir-) pode indicar:

  • negaçãoinjusto (não justo), inútil (não útil), involuntário (não voluntário);
  • ou intensidade / posiçãoimergir (mergir para dentro), imprimir (pressionar).

No texto, apenas “involuntários” traz o sentido de negação, expressando a ideia de pessoas que agem sem intenção própria.


QUESTÃO 09 – Ao proceder à troca de “transformaram” (l. 08) por “tornaram”, haverá necessidade de supressão de um(a) __________ a fim de atender à __________ do verbo.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

A) pronome – concordância

B) preposição – concordância

C) pronome – regência

D) preposição – regência

E) preposição e pronome – concordância

Comentário da QUESTÃO 09

Trecho do texto (linha 08):

“… as tais apostas, ‘bets’, que se transformaram em mania e tragédia nacional.”

O verbo original é “transformar-se em”, cuja regência exige preposição “em”:

transformar-se em algo

Se trocarmos por o verbo “tornar”, a regência muda:

  • tornar-se algo (sem preposição).

🔹 Portanto, ao substituir “transformaram-se em” por “tornaram-se”, é preciso suprimir a preposição “em”, mantendo o pronome “se”, já que o verbo continua pronominal.

👉 Correto:

“… as tais apostas, ‘bets’, que se tornaram mania e tragédia nacional.” ✅

Alternativa correta: D) preposição – regência

Comentário final:
A questão avalia o conhecimento de regência verbal, isto é, das preposições exigidas ou não pelos verbos.
📘

  • transformar-se em algo → exige “em”
  • tornar-se algodispensa “em”
    Por isso, a substituição correta requer a retirada da preposição para respeitar a regência do verbo “tornar-se”.

QUESTÃO 10 – De acordo com o texto, Elon Musk, assim como outros, se aproxima das características dos personagens vividos por qual dos atores a seguir?

A) John Wayne.

B) Lee Marvin.

C) Ranson Stoddard.

D) Tom Doniphon.

E) James Stewart.

RESPOSTA: B

Comentário da QUESTÃO 10

Trecho do texto (linhas 22–27):

“Sujeitos como Elon Musk imaginam-se como cavaleiros solitários, bons de briga, que não precisam da lei nem do Estado para resolver as coisas a seu modo. Gostam de se proclamar defensores da liberdade, mas só quando lhes é interessante. Espalham medo e desordem, mas, quando se olham no espelho, veem John Wayne, e não Lee Marvin. A seu modo, são uma versão atualizada do facínora que tem prazer em barbarizar o vilarejo — protegidos, até segunda ordem, pela ausência de limites e de xerife.”

🔹 Análise interpretativa:

O autor faz uma comparação irônica:

  • Elon Musk acha que é John Wayne — o herói do bem, corajoso e justo;
  • mas, na verdade, ele se comporta como Lee Marvin, o vilão Liberty Valance, o facínora que barbariza o vilarejo.

👉 Portanto, o texto denuncia a contradição: ele se vê como herói, mas age como o bandido.

Alternativa correta: B) Lee Marvin

Comentário final:
A questão exige interpretação crítica da metáfora cinematográfica usada pelo autor.
Embora Musk e outros “cavaleiros solitários” se enxerguem como John Wayne (o mocinho), o texto deixa claro que suas ações os aproximam de Lee Marvin, símbolo da violência, desordem e ausência de limites — o verdadeiro “facínora” do faroeste moderno da internet.