Conteúdo do Artigo
Aqui, você irá aprender todas as regras para usar o sinal de crase, isso com foco em exemplos e questões mais cobradas em provas de concursos públicos. Após o texto, você irá dominar definitivamente o assunto, de modo que chegará preparado para gabaritar qualquer prova da matéria. Tenha em mente que estudar crase para concursos é um desafio, pois muitos bons candidatos acabam negligenciando a matéria, o que a faz ser a responsável pela eliminação de muitos alunos bem preparados. Além disso, aqui você poderá treinar o conteúdo teórico a partir de 10 questões selecionadas e comentadas! Vamos lá?
Os casos de crase
A crase corresponde ao sinal grave marcado a partir da fusão de duas vogais (a + a), sendo uma delas preposição decorrente das regras de regência. Ela poderá ocorrer de forma facultativa ou obrigatória na oração, a depender dos termos rengentes. Em alguns casos, contudo, será completamente vetado seu uso.
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Casos obrigatórios de crase
A crase será obrigatória em dois casos:
- Quando ocorrer fusão
- Quando se tratar de tradição
Nos casos de fusão, o artigo definido feminino ou o pronome demonstrativo iniciado pela vogal “a” irá contrair com a preposição “a”, o que resultará na indicação do sinal grave de crase.
Já os casos de tradição ocorrerão quando houver expressões circunstanciais femininas, cuja crase seja exigida pelo uso, como se vê em: à noite, às vezes, às vésperas, à espera, à procura, à beira, à tarde, nas indicações de hora e nas estruturas que indiquem “moda de” e “maneira de”.
Casos proibidos de crase
O sinal de crase será proibido, sem exceções, nos seguintes casos:
#1 Antes de palavras masculinas em geral.
Exemplo: Cheirava a vinho.
Exemplo: Andava a cavalo.
Exemplo: Falavam a respeito do tema.
Exemplo: A despeito de nossa vontade, não use crase.
#2 Depois de preposição, como “para”, “com”, “contra”, “perante”, “sem”, “sob”, “sobre”…, com exceção de “até”.
Exemplo: A reunião foi marcada para as dez horas.
Exemplo: Jurou perante a justiça.
#3 Antes de numeral, exceto horas.
Exemplo: Viajarei de 8 a 18 de agosto.
Exemplo: Minha casa fica a duas horas daqui.
Exemplo: Trabalho de segunda a sábado, da primeira semana do mês à última, das 8 às 20 horas.
#4 Entre palavras repetidas, que constituam expressões idiomáticas.
Exemplo: Mês a mês, dia a dia, gota a gota, semana a semana, frente a frente.
#5 Antes de nomes próprios completos, de modo a se indicar distanciamento.
Exemplo: Referiu-se a Flávia Rita Coutinho Sarmento.
#6 Antes de palavra plural, quando o “a” estiver no singular. Entretanto, caso o mesmo “a” se encontre no plural, haverá a colocação do sinal crásico.
Exemplo: Não obedeço a leis.
Exemplo: Não obedeço às leis.
Exemplo: Sou favorável a pessoas de bem.
Exemplo: Sou favorável às pessoas de bem.
#7 Antes de artigo indefinido (um, uns, uma, umas).
Exemplo: Chegou à uma (hora) e saiu em seguida.
Exemplo: Referiu-se a uma explicação qualquer.
#8 Quando o termo determinado exercer a função sintática de sujeito da oração (sujeito não pode ser preposicionado)
Exemplo: A medida que ela usou foi perfeita. – A medida, aqui, exerce função de sujeito da oração.
#9 Quando o termo exercer função de objeto direto do verbo, uma vez que não se exige preposição.
Exemplo: Comunicamos (VTDI) a direção do evento (OD) sobre o ocorrido (OI).
Exemplo: Comunicamos (VTDI) à direção do evento (OI) o ocorrido (OD).
#10 Antes de pronome pessoal (eu, tu, ele, ela, nós, vós, mim, ti, si…) à não admite artigo e, consequentemente, não admitem crase.
Exemplo: Referiu-se a (preposição) mim e a (preposição) ela.
Exemplo: Jamais desobedecerei a (preposição) ti.
#11 Antes de pronomes de tratamento (você, Vossa Excelência, Vossa Senhoria…), uma vez que pronomes de tratamento não admitem artigo, o que inviabiliza qualquer tentativa de contração com a preposição “a”.
Exemplo: Isso diz respeito a Vossa Senhoria.
#12 Antes de Dona (forma de tratamento) + Nome Próprio
Exemplo: Referiu-se a Dona Maria.
Exemplo: Referiu-se à dona do bar.
Exemplo: Referiu-se à dona onça.
OBS: Dona é a forma feminina do pronome Dom. Trata-se de uma forma cerimoniosa.
#13 Antes de pronomes indefinidos (qualquer, cada, tudo, todo, ninguém, nenhum…)
Exemplo: Obedecia a qualquer ordem sua.
Exemplo: Referiu-se a cada um de nós.
#14 Antes de pronomes demonstrativos não iniciados por “a” (este, esta, esse, essa, isto…)
Exemplo: Referiu-se a essa ideia.
Exemplo: Sou favorável a isso.
Exemplo: Sou favorável àquele pedido. à Pronome demonstrativo iniciado por “a”.
#15 Antes de verbo.
Exemplo: A partir de hoje, não faça mais isso.
Exemplo: Salário a combinar.
Casos especiais para o uso de crase
São casos especiais para o uso de crase:
#1 Os pronomes “Senhora(s)”, “Senhorita(s)”, “mesma(s)”, “outra(s)” e “própria(s)” admitem crase, embora o sinal dependa do contexto discursivo.
Exemplo: Reconheceu (VTD) a (artigo) senhora (OD).
Exemplo: Dirigiu-se (VTI) à (fusão à “a” preposição + “a” artigo) senhora (OI).
Exemplo: Voltou a (artigo) outra sala depois da reunião.
#2 Nas expressões antes de casa, terra e distância, desde que haja especificador ou determinante, será admitido o uso de crase.
Exemplo: Voltou a casa depois de dias no mar (adj. adverbial). à Não há especificador, logo, não se usa crase.
Exemplo: Os deputados voltaram à Casa para votação. à Há especificador, o qual é destacado por meio da grafia maiúscula da palavra. à A Casa = Casa Parlamentar – Câmara dos Deputados.
Exemplo: Retornaria à terra natal. à Há especificador, logo, usa-se crase.
Exemplo: Observava-os a uma distância de dez metros. à O substantivo distância está especificado, contudo, está precedido de pronome indefinido, o qual se enquadra como um caso proibido. Os casos proibidos sempre prevalecem sobre o os demais.
Exemplo: Adorava (VTD) a casa dos pais (OD). à Trata-se de VTD, o qual requer OD, não sendo, por isso, craseado.
Exemplo: Educação a distância é uma tendência. à Não há especificador, logo, não é caso de crase.
OBS: A letra maiúscula é uma forma de especificador.
#3 Antes de alguns topônimos (bairro, cidade, país, estado…), a norma culta autoriza o uso do sinal crásico.
- Topônimos femininos (da) admitem crase.
- Topônimos masculinos (do) não admitem crase.
- Topônimos neutros (de) somente admitem crase se houver especificador.
Exemplo: Gosto da Bahia. (Feminino)
Exemplo: Gosto do Rio de Janeiro. (Masculino)
Exemplo: Gosto de Belo Horizonte. (Neutro)
Exemplo: Amava (VTD) a Paris das luzes (OD). à Amar é VTD, sendo o resto da oração objeto direto. Por isso, não cabe crase.
Exemplo: Voltou à cidade de Belo Horizonte. à Voltar + a (preposição) + a (artigo). Cabe crase.
Exemplo: Retornou à Mariana, um berço da história mineira. à Retornar + de. Há uso de crase.
Exemplo: Voltou a Bahia.
Exemplo: Voltou a Brasília.
#4 Nas expressões “a qual” e “as quais”, haverá crase se o termo consequente exigir a preposição
Exemplo: As pessoas as quais conhecemos (VTD) mudam nossas vidas.
Exemplo: As pessoas às quais fiz alusão (VTI) mudam nossa vida.
Exemplo: A lei à qual me refiro é importante.
OBS: Pronomes relativos quem/cujo nunca aceitam crase.
#5 Antes de “que”/”de”, somente será possível o uso de crase se o “a” possuir valor de “àquela” ou subentender palavra feminina.
Exemplo: Conhecia (VTD) a (OD = aquela) que estava de branco.
Exemplo: Referiu (VTI) -se à (pronome demonstrativo) de blusa preta.
Exemplo: Sua atitude é semelhante à de outras pessoas.
Exemplo: Sua vida era idêntica à do outro rapaz.
#6 O uso da crase poderá provocar alteração no sentido da frase, de maneira que seu uso é autorizado, porém com ressalvas às alterações semânticas.
Exemplo: Saiu a francesa (sujeito).
Exemplo: (Ele – sujeito desinencial) Saiu (VI) à francesa (adj. adv. de modo).
Exemplo: Assistiu (VTI) à cena (OI). à Sentido de ver.
Exemplo: Assistiu (VTD) a cena (OD). à Sentido de dar existência.
#7 Crase será permitida em situações de paralelismo sintático sempre que os termos de uma oração estiverem relacionados entre si e houver uso de artigo antes de todos os termos.
!Exemplo: Preferia dinheiro a felicidade. Atenção! Ambos os termos estão relacionados, mas o primeiro não apresenta artigo. Por isso, o segundo, para manter o paralelismo sintático, não deve vir com artigo, o que impede a fusão de crase.
Exemplo: Preferia o dinheiro à felicidade.
Exemplo: Sou favorável a (preposição) (não há artigo) lei, ordem, regra./Sou favorável à (preposição + artigo) lei, à (preposição + artigo) ordem e à (preposição + artigo) regra.
#8 Nos adjuntos adverbiais de instrumento, há autores que não autorizam o sinal de crase nas locuções formadas por palavras femininas. porém, trata-se de uma corrente minoritária. Em provas objetivas, quando não houver outra resposta, o mais recomendado é usar o sinal de crase nas expressões adverbiais femininas de instrumento.
Exemplo: Fogão a gás.
Exemplo: Fogão a lenha./Fogão à lenha.
Exemplo: Carro a álcool.
Exemplo: Carro a gasolina./Carro à gasolina.
Exemplo: Barco a vela./Barco à vela.
Casos facultativos de uso de crase
A crase será empregada facultativamente nas frases nos seguintes casos:
#1 Antes de pronomes possessivos femininos, no singular, que não subentendam palavras.
Exemplo: Referiu (VTI) -se a (preposição) suas decisões (OI). à “a” singular seguido de palavra plural.
Exemplo: Referiu-se às (preposição + artigo) suas decisões. à Caso de crase obrigatória: “a” no plural seguida de palavra plural.
Exemplo: Minha decisão foi semelhante à (preposição + artigo – a decisão) sua. à O pronome possessivo feminino está, aqui, subentendendo palavras.
Exemplo: Referiu (VTI) -se a sua decisão (OI). à Caso de crase facultativa. à (palavra masculina) Referiu-se a/ao seu pedido.
OBS: Artigo antes de pronome possessivo é facultativo.
Exemplo: Meu filho é lindo./O meu filho é lindo.
#2 Depois da preposição até, pois a preposição “a” é facultativa depois de “até”.
Exemplo: Foi até o escritório./ Foi até ao escritório. à A preposição é facultativa, logo, a crase também o será.
Exemplo: Foi até a escola./Foi até à escola.
#3 Antes de nome próprio sem sobrenome e sem especificador.
- O especificador pode indicar intimidade, caso em que se usará crase.
- O especificador pode indicar, também, distanciamento. Nesse caso, não se usará crase.
- O artigo será facultativo por falta de especificador.
Exemplo: Refiro-me a Ana./Refiro-me à Ana.
Exemplo: Refiro-me à Ana, uma grande amiga.
Exemplo: Refiro-me a Ana, uma funcionária do local. (= funcionária qualquer).
OBS: Nas indicações de tempo decorrido, deve-se usar “há”; nas indicações de tempo futuro, deve-se usar “a”.
Exemplo: O governo investe há alguns anos em setores que só terão retorno a médio prazo.
Exemplo: A duas semanas do casamento, vários eventos festivos aconteceram.
Questões comentadas de crase
1) Observe atentamente os seguintes itens:
I. Estavam frente à frente quando nós
II. Agimos às escondidas por causa de sua violência.
III. Oferecemos à Sª. as provas de que necessita.
O acento grave foi usado corretamente apenas:
a) nos itens I e
b) nos itens I e III
c) nos itens II e
d) no item
Comentário: O item I apresenta emprego incorreto do sinal grave, dado ser proibido seu uso em palavras femininas repetidas que estabeleçam uma expressão idiomática. O item II, por sua vez, está correto, pois a crase foi utilizada antes de uma expressão circunstancial feminina. O item III também incorre em erro, uma vez que é proibido o uso de crase antes de pronomes de tratamento. Resposta correta – Letra D: Portanto, já que apenas o item II atende às regras do emprego de crase, é correta a letra D.
2) Leia atentamente os seguintes itens:
I – Dei a informação à sua amiga quando voltamos.
II – Jamais entregaria os documentos à pessoas desconhecidas.
III – Estavam dispostos à qualquer coisa que explicasse a sua falta.
O acento grave, indicador da crase, foi usado incorretamente apenas:
a) no item
b) no item
c) no item
d0 nos itens II e
Comentário: O item I utilizou corretamente o sinal grave, uma vez que seu emprego é facultativo antes de pronomes possessivos femininos no singular. O item II, ao contrário, usa incorretamente o acento, pois é proibida a crase em “a” singular antes de palavra feminina no plural. O item III, por fim, também incorre em erro, uma vez que é proibido o acento grave antes de pronomes indefinidos. Resposta correta – Letra D: Portanto, mostrarem-se contrárias às regras da norma culta os itens II e III, deve ser considerada correta a letra D, gabarito da questão.
3) “Em resposta questões levantadas pelos examinadores, encaminhamos ______Vossa Excelência a informação pedida. Quanto essa informação, esclarecemos que ela foi analisada criteriosamente pela equipe deste setor.” As lacunas acima ficam corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) às – a – a
b) às – à – à.
c) às – à – a
d) as – a – à.
Comentário: A primeira lacuna, em razão da regência nominal da palavra “resposta”, deve ser preenchida com a forma “às”. A segunda lacuna, por sua vez, não deverá ser preenchida com “a” craseado, dado ser proibido o uso do sinal grave antes de pronomes de tratamento. Finalmente, a terceira lacuna também não aceitará a forma craseada, pois, conforme a norma-culta, é vedado empregar o sinal grave antes de pronome demonstrativo (“isso”). Resposta correta – Letra A: Como a resposta correta exige a colocação das formas “às”, “a” e “a”, o gabarito da questão será a letra A.
4) “Preferiu sair voltar para casa. Só depois fez menção mulheres a que se referiam minhas observações.” As lacuna acima ficam corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) à – às – às.
b) à – as – as.
c) a – as – às.
d) a – às – as.
Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida com a preposição “a” não craseada, uma vez que é proibido o uso do sinal grave antes de verbo. A segunda lacuna exige a forma “às”, pois a expressão “fazer menção” exige a preposição “a”, que irá se fundir com o artigo feminino plural especificador do nome “mulheres”. A terceira lacuna, por fim, será preenchida com a forma sem acento, pois trata-se de sujeito, o qual não aceita forma preposicionada. Resposta correta – Letra D: Em razão dos preenchimentos adequados às lacunas, está correta a letra D, sendo o gabarito da questão.
5) “Dirigimo-nos apressados _____ sua loja e, logo depois, chegamos ______ conclusão de que não poderíamos pagar ______ mercadorias”. As lacunas acima serão corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) à – à – as.
b) a – a – as.
c) à – à – às.
d) à – a – as.
Comentário: A primeira lacuna poderá ser preenchida com ambas as formas, pois apresenta um caso facultativo, em razão do pronome demonstrativo feminino singular “sua”. A segunda lacuna, por sua vez, será preenchida com o termo craseado, dado completar o sentido do verbo transitivo indireto “chegar”, o qual exige o complemento “a”. Finalmente, a terceira lacuna será preenchida com o artigo feminino plural sem sinal grave, uma vez que completa o sentido do verbo transitivo direto “pagar”. Resposta correta – Letra A: Em razão de o preenchimento ocorrer com as formas “a/à” (caso facultativo), “à” e “as”, a resposta correta é a letra A.
6) Leia, com atenção, as frases abaixo:
I – Suas observações são iguais às que eu fiz ontem, pela manhã.
II – Em referência àquilo que ele me perguntou, não há respostas.
III- Dirigiram-se à algumas mulheres que estavam na esquina.
Usou-se corretamente o acento grave, indicador de crase, apenas:
a) no item I.
b) no item
c) nos itens I e II
d) nos itens I e III
Comentário: O item I está correto ao empregar o sinal de crase em “às que fiz ontem”, pois a expressão equivale ao pronome demonstrativo “aquela”. O item II apresenta uso adequado do sinal grave, pois a preposição “a”, empregada em razão da regência da expressão “em referência a”, sofreu contração com o pronome demonstrativo iniciado pela letra “a”. Por fim, o item III traz hipótese de crase proibida pela norma culta, uma vez que é vedado seu emprego antes de pronomes indefinidos. Resposta correta – Letra C: Considerando corretas as assertivas I e II, o gabarito da questão é a letra C.
7) “Em resposta ______ sua consulta, encaminhei ontem _____ Vossa Senhoria as sugestões normativas _____ quais deveremos obedecer, a partir do próximo semestre.” De acordo com o padrão culto da língua, os espaços do período acima ficam corretamente preenchidos, respectivamente, por:
à – a – as.
à – à – às.
a – a – as.
a – a – às.
Comentário: A primeira lacuna poderá ser preenchida tanto com como sem crase, pois o emprego do sinal antes de pronome demonstrativo feminino singular é facultativo. A segunda lacuna somente poderá ser preenchida com a forma sem o acento grave, pois a norma-culta proíbe o usa da crase antes de pronomes de tratamento. A terceira lacuna, por fim, deverá ser preenchida com a forma contraída “às”, pois o verbo “obedecer” é regido pela preposição “a”. Resposta correta – Letra D: Assim, letra D, por trazer a proposta adequada à frase, deve ser considerada o gabarito da questão.
8) conferências, início finalmente se procedeu, compareceram muitos escritores e artistas. Marque a alternativa que completa conveniente e respectivamente, as lacunas da frase:
a) Às, a cujo.
b) Às, à cujo.
c) As, à cujo.
d) As, a cujo.
Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida com a forma “às”, pois corresponde ao adjunto adverbial de lugar do verbo intransitivo “comparecer”, o qual é seguido da preposição “a”. A segunda lacuna, por sua vez, deverá ser preenchida com a forma “a cujo”, uma vez que deve atender à regência do verbo “proceder”. Resposta correta – Letra A: Desse modo, correta a letra A, por trazer hipótese de preenchimento adequada à norma-padrão.
9) “Todos esperavam que ele chegasse ___ duas horas da tarde, mas ele só retornou ____casa de seus amigos, ____ noite.” Marque a alternativa que completa conveniente e respectivamente, as lacunas da frase:
a) as, a, a.
b) às, à, à.
c) as, à, a.
d) às, à, a.
Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida com a forma “às”, pois deve-se usar crase antes de numeral que indique horas. A segunda lacuna exige a forma “à” devido ao adjunto adverbial “casa de seus amigos”, o qual será precedido da preposição “à” em decorrência do verbo “retornar”. Por fim, a última lacuna exige a forma crásica em razão da expressão adverbial circunstancial feminina singular, a qual enseja a contração. Resposta correta – Letra B: Portanto, correta a letra B ao trazer propostas de preenchimento adequado às lacunas.
10) “Não disse nada Vossa Senhoria que pudesse ofendê-lo. O que comentei na ocasião é que apenas me dirijo pessoas estranhas em situações muito especiais e que não conheço as pessoas quem me apresentaram.” De acordo com o padrão culto da língua, os espaços do enunciado acima ficam corretamente preenchidos, respectivamente, por:
a) a – a – a.
b) a – a – à.
c) a – à – à.
d) à – à – a.
Comentário: A primeira lacuna não aceita uso de crase, uma vez que é proibido o sinal grave antes de pronomes de tratamento. A segunda lacuna deverá ser preenchida com “a” sem crase, correspondente à preposição regente do verbo “dirigir”, pois precede palavra plural feminina sem determinante plural. A terceira lacuna, por fim, exigirá a forma “a”, dado ser vedado o uso de crase antes do pronome “quem”. Resposta correta – Letra A.
E ai? O que achou? Ficou clara a matéria? A forma esquematizada e com exemplos ajudou a organizar o conteúdo e facilitou sua aprendizagem? Conte para gente sua opinião, suas dúvidas e suas curiosidades. Se tiver curiosidade com relação a alguma matéria, avise para a gente! Vamos tenter escrever um texto aqui e sanar suas dúvidas 🙂