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Aqui você irá rever o conteúdo de conjunções e, finalmente, entender a importância desses termos para o desenvolvimento da coesão textual. Além disso, verá algumas questões ao final, para poder treinar e conseguir fixar melhor o conteúdo! Vamos lá?
O que são conjunções e qual a importância das conjunções para o seu texto?
As conjunções são uma classe gramatical composta por termos invariáveis utilizados para articular duas ou mais orações entre si, de forma a estabelecer um sentido específico – conclusivo, final, concessivo, conformativo, etc. Apenas por curiosidade, a palavra conjunção tem origem no latim conjunctio, o que significa união. Ou seja, é por meio das conjunções que é estabelecida a coesão textual.
De acordo com a classificação vigente, há duas espécies de conjunções:
- CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
- CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
Se quiser aprofundar mais a respeito dos diferentes mecanismos de estruturação frasal, faça uma revisão sobre os sinais de pontuação!
As diferentes espécies de conjunção: Conjunções que você deve saber!
Agora que o conceito e a função estão claros, vamos ver quais são as conjunções de cada grupo e, talvez mais importante, quais são as que mais costumam aparecer nas provas de concursos públicos. Para isso, deve-se entender o valor semântico de cada uma das conjunções, de maneira que se consiga verificar a possibilidade de uma ser substituída por outra, pois essa é a forma preferida de cobrança pelas bancas.
Então, dito isso, as seguintes conjunções devem ser estudadas com maior afinco, de maneira a não tropeçar no dia da prova!
A) CONJUNÇÕES COORDENADAS
Conjunções coordenadas ou coordenativas ligam orações que são semanticamente independentes uma da outra e que podem unir os núcleos de um mesmo termo da oração. São divididas em:
- Aditivas: e, nem, bem, como, não só, mas também, não apenas, como ainda, entre outras.
- Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, não obstante, no entanto, entretanto, etc.
- Alternativas: ou..ou…quer…quer… ora…ora…já…já.. seja…seja..
- Explicativa: que, porque, pois ( antes do verbo), porquanto, etc.
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B) CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
Conjunções subordinativas, como o próprio nome indica, são conjunções que indicam dependência de um elemento a outro. Podem ser:
- CAUSAIS: haja vista, que, porque, pois, porquanto, visto que, uma vez que, entre outras.
- COMPARATIVAS: como, que nem, que ( depois de mais, menos, melhor, pior, maior), entre outras.
- CONCESSIVAS: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, em que pese, posto que.
- CONDICIONAIS: se, desde que, caso, contando que, a menos que, somente se, etc.
- CONFORMATIVAS: conforme, como, segundo, de acordo com, consoante.
- CONSECUTIVAS: que ( depois de tal, tanto, tão), de modo que, de forma que, de sorte que.
- FINAIS: para que, a fim de que, etc.
- PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto mais..mais, quanto menos..menos.
- TEMPORAIS: quando, enquanto, assim que, até que, mal, logo que, desde que, etc.
- INTEGRANTES: que, se, como.
Não se esqueça de que as conjunções integrantes não possuem carga semântica e visam a introduzir uma oração subordinada substantiva. (ANOTE ISSO E DESTAQUE NO SEU RESUMO).
Valor habitual e valor contextual das conjunções
Uma dúvida que muito aparece na cabeça dos estudantes é o emprego “inadequado” de conjunções, ou seja, quando elas exprimem, contextualmente, um sentido diferente do habitual. Vamos ver um exemplo?
“[…] E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure”.
O Soneto da Fidelidade, talvez um dos mais conhecidos poemas de Vinícios de Moraes, traz um exemplo claro de semântica contextual diferente da semântica habitual da conjunção. A locução conjuntiva “posto que” exprime, normalmente, valor concessivo, sendo, por isso, equiparada a conquanto, embora, apesar de. Contudo, no soneto, ela foi empregada com valor de causa. Ainda que não se possa dizer que o emprego é reprovável, ele não é recomendado, sobretudo em textos sujeitos à avaliação gramatical, pois essa prática será considerada como um erro de morfossintaxe e poderá, também, ensejar dedução da nota nos quesitos de articulação e coesão textual.
Esse é o exemplo clássico de uma alteração do sentido natural da conjunção, mas existem muitos outros. Vamos ver?
A conjunção COMO: poderá apresentar três diferentes valores semânticos – causa, comparação e conformidade. Exemplo:
- COMO causal: Como trovejava, tirei minha cachorrinha do terreiro. Aqui, a conjunção “como” poderia ser substituída por “já que”.
- COMO conformativo: Fiz o trabalho como me foi solicitado. A conjunção, aqui, exprime conformidade, e poderia corretamente ser substituída por “conforme”.
- COMO comparativo: Como a irmã, ele não parou de chorar ao escutar não. Nesse caso, a conjunção “como” exprime uma comparação, sendo equivalente a “igual a”.
A conjunção SE: poderá ser empregada, também, com três sentidos diferentes – condicional, causal e integrante. Exemplo:
- SE condicional: Se você estudar corretamente, irá passar mais rápido em sua prova. A conjunção “se”, aqui, equivale a “caso”, pois exprime uma condição ao resultado desejado.
- SE causal: Se você sabia que não deveria comer gordura, por que comeu o torresmo?. A conjunção “se”, nesse caso, equivale a “já que”, de forma que tem sentido de causa.
- SE integrante: Não posso dizer se vou reagir bem a isso. Aqui, a conjunção “se” introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta, não possuindo, por si, carga semântica. Por isso, é considerada como conjunção integrante.
Hora de treinar CONJUNÇÕES para sua prova
Depois de todas as dicas, você já deve estar entendendo bem melhor o conteúdo de conjunções, então, agora, é a hora de treinar!
Você já sabe que o conteúdo conjunções é cobrado por todas as bancas e é, por isso, uma matéria recorrente em português para concurso. Não importa a organizadora, se FUNDEP, FCC, Cespe, Cesgranrio, FUMARC, ESAF, a boa pontuação, tanto na prova objetiva quanto na dissertativa, dependerá dos conhecimentos acerca das conjunções coordenadas e subordinadas.
Para treinar, resolva as questões que selecionamos a respeito do tema! Com o tempo e com a prática, você irá se familiarizar com as diferentes formas de cobrança de cada banca, com o tipo de raciocínio que será exigido em cada questão e com as conjunções mais recorrentes. Vamos treinar?
2018 – UFPR – Assistente de Tecnologia da Informação
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Gabarito: E
2018 – FUMARC – PC-MG Escrivão
O conhecimento sobre a classificação das orações de um período composto pode ampliar o panorama de compreensão das redes argumentativas propostas nos textos, sejam profissionais ou não.
Analise o período: “Não se pode aceitar que a igualdade seja apenas formal, mas sim, efetiva e indispensável”.
Sobre o papel da conjunção “mas” no período acima, é CORRETO afirmar.
C)Compara a relação temporal da Lei Maria da Penha.
Gabarito: B
2018 – AOCP – SUSIPE PA
Gabarito: E
2018 – FCC – Câmara Legislativa do Distrito Federal
O termo sublinhado acima assinala no texto noção de
Gabarito: A
2018 – VUNESP – Prefeitura de Ferraz Vasconcelos
- Se você deseja se relacionar saudavelmente, precisa aceitar e compreender os sentimentos e emoções das outras pessoas.
A alternativa que identifica o sentido da conjunção que inicia o trecho destacado e o reescreve corretamente, preservando o sentido original, é:
Gabarito: C
2018 – FAURGRS – TJ-RS
Indique qual é a oração iniciada por conjunção integrante nos exemplos abaixo.
Gabarito: C
2018 – VUNESP – PC/SP
Considere as frases:
• Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. • … estava falando com um colega, ainda que menos importante.
As expressões em destaque nas frases exprimem, respectivamente, ideia de
Gabarito: B