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Prova de português da DPE-RJ Comentada – Técnico Superior Especializado Economia

Equipe Flávia Rita

O concurso da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeira já tem gabarito oficial! Para você que fez a prova e para você que quer aproveitar para treinar algumas questões, decidimos por comentar toda a prova para o cargo de Técnico Nível Superior Especializado em Economia! Para não ficar muito extenso, selecionamos apenas algumas questões, mas você poderá baixar a prova na íntegra aqui mesmo!

A prova de português foi composta por 30 questões, sendo a maioria de interpretação de texto. Vamos ver algumas das questões?

TEXTO 01. Uma revista de Educação mostrava o seguinte segmento: “Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino teórico para passar no funil do vestibular, obrigando os alunos a decorar fórmulas matemáticas, afluentes de rios ou a morfologia dos insetos para ter depois seus conhecimentos testados e avaliados por notas que não diferenciam as vocações ou interesses individuais. É uma avaliação cruel, que prioriza a inteligência da decoreba ao invés da inteligência criativa”.


QUESTÃO 01. Entre as ideias defendidas no texto 1, a única que NÃO está presente é:

  • (A) a criatividade deve ser priorizada nos modelos pedagógicos;
  • (B) as notas dadas às provas não visam aos interesses pessoais;
  • (C) o ensino teórico é uma decorrência dos exames vestibulares;
  • (D) os exames vestibulares não avaliam com critérios válidos;
  • (E) alguns tópicos tradicionais do ensino são inúteis nos exames vestibulares.

GABARITO E COMENTÁRIO: O gabarito oficial é letra E. O autor escreve criticando o ensino tradicional em razão de seu foco num conhecimento enciclopédico que pouco se adapta às vocações ou aos interesses individuais dos estudantes. Entretanto, isso não quer dizer que esses conhecimentos não sejam úteis aos exames vestibulares, muito ao contrário, assevera o autor que eles são, na verdade, destinados apenas a isso.  É o que se lê do primeiro período do texto: “Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino teórico para passar no funil do vestibular, obrigando os alunos a decorar fórmulas matemáticas, afluentes de rios ou a morfologia dos insetos para ter depois seus conhecimentos testados e avaliados por notas que não diferenciam as vocações ou interesses individuais”.

QUESTÃO 03. “Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino teórico para passar no funil do vestibular…”; esse segmento (texto 1) mostra uma forma de voz passiva – “são direcionados” – sem que haja menção do agente dessa ação. O pensamento abaixo em que há uma forma de voz passiva com a indicação do agente é:

  • (A) “A natureza só é comandada se é obedecida”;
  • (B) “Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido”;
  • (C) “O mundo será julgado pelas crianças. O espírito da infância julgará o mundo”;
  • (D) “Existe alguma religião cujos fiéis possam ser apontados como nitidamente mais amáveis e dignos de confiança do que os de qualquer outra?”;
  • (E) “A sabedoria não pode ser transmitida. A sabedoria que um sábio tenta transmitir soa mais como loucura”.

GABARITO E COMENTÁRIO: O gabarito oficial é a letra C. A construção da voz passiva pode se dar nas formas sintética – com o uso do pronome apassivador “se” – e analítica – com o uso do verbo auxiliar “ser”. Além disso, é necessário que o verbo principal seja transitivo direto ou transitivo direto e indireto, pois o objeto direto, que sofre a ação na voz ativa, passará à posição de sujeito da oração enquanto o sujeito original passará a ser agente da passiva. Assim, dentre as opções, tem-se que apenas a letra C traz expresso o agente – “pelas crianças”. Embora a letra B contenha o sujeito que pratica a ação – “a natureza” – , ele não desempenha a função sintática de agente da passiva, pois aparece apenas na oração em sua forma ativa.


TEXTO 3. Hoje, em todo o mundo, cerca de 550 milhões de pessoas estão conectadas à Internet – quase 9 milhões delas no Brasil. Quando a rede de computadores começou a popularizar-se, dez anos atrás, os apocalípticos de plantão, sempre eles, logo alardearam que os efeitos colaterais mais nefastos desse fenômeno seriam o isolamento e a alienação. Que as pessoas deixariam de relacionar-se, que se tornariam ainda mais sedentárias, que teriam o seu cotidiano moldado por uma espécie de irrealidade digital, que emburreceriam, e por aí vai”. (Veja, 03/03/2004, p. 85)


QUESTÃO 09. Argumentativamente, o texto 3:

  • (A) condena indiretamente a Internet, mostrando ironicamente argumentos contra ela;
  • (B) parte de uma afirmação inicial indiscutível para, em seguida, explicitar alguns de seus termos;
  • (C) mostra que algumas críticas apressadas se tornam ridículas com o passar do tempo;
  • (D) procura historicamente justificar algumas críticas contra a Internet;
  • (E) critica as pessoas que, usando a Internet, se afastam do convívio social.

GABARITO E COMENTÁRIO: A assertiva correta é a letra C. O texto é escrito com traços de ironia, de maneira a desconstruir a visão alarmista e promover o argumento defendido pelo autor – de que a internet não gerou os efeitos inicialmente propagados pelos mais temerosos. Nesse sentido, a alternativa C mostra-se a mais adequada, pois traduz corretamente os argumentos do texto. Na letra A, há uma afirmação de que a internet é condenada pelo autor, o que não é observa. Na letra B, afirma-se explicitar o autor os termos da afirmação inicial, o que não se faz, pois o autor foca na apresentação ironizada dos argumentos alarmistas. Na letra D, há uma conclusão incorreta, pois não se percebe qualquer justificativa histórica para as críticas à internet. Na letra E, há uma conclusão que não existe no texto, já que o autor não levanta a crítica mencionada.

QUESTÃO 16. Uma editora acaba de lançar o livro “Os Meninos da Caverna”, que conta a dramática história do resgate de um time de futebol juvenil que ficou dezoito dias preso em uma caverna na Tailândia. A capa do livro traz o seguinte texto: “O passeio de um sábado à tarde que durou dezoito dias preocupou o mundo e mobilizou mil pessoas em um resgate quase impossível na Tailândia”. O problema estrutural desse pequeno texto da capa é:

  • (A) a má seleção vocabular do termo “passeio”;
  • (B) a possível ambiguidade do termo “na Tailândia”;
  • (C) a inclusão de exageros evidentes para atrair o leitor;
  • (D) a presença de várias formas verbais com o mesmo sujeito;
  • (E) a ausência de vírgula após “mil pessoas”.

GABARITO E COMENTÁRIO: O gabarito oficial é a letra B. Observa-se, no segmento “quase impossível na Tailândia”, a presença de uma ambiguidade de sentido. A falha de estrutura do trecho deixa a entender que o resgate era quase impossível no país, ou seja, apenas na Tailândia seria quase impossível, mas também permite se deduzir de que apenas lá é que a missão seria quase impossível. Quanto à letra A, não há seleção inadequada do substantivo “passeio”. Em C, embora possa haver um ou outro exagero, eles não implicam problemas na estrutura do texto. A afirmação da letra D, ainda que esteja correta, não corresponde a um problema de estrutura, pois não ocorreu prejuízo textual. Por fim, a letra E traz um caso facultativo de uso de vírgula, não obrigatório, já que se trata de uma oração subordinada adverbial local não deslocada.


Texto 6

Um texto de divulgação de um novo romance diz o seguinte: “Um homem acorda gravemente ferido no meio de um lixão. Ao que parece, tentaram matá-lo, mas ele não se recorda dos fatos que o levaram até ali. Muito menos de seu passado recente. Seria dado como desaparecido, se houvesse alguém para sentir sua falta. Essa dolorosa ausência imperceptível é a brecha para dar vazão à sua revolta com o mundo contemporâneo e começar uma nova vida. Entre seus planos: executar criminosos intocados pela Justiça e escrever um best-seller. Mas uma paixão verdadeira e arrebatadora coloca tudo em xeque”. (Época, 14/01/2019, p. 37)


QUESTÃO 19. Muitos segmentos do texto 6 podem ser reescritos sem modificação de seu sentido ou alteração na correção; a frase em que ocorre modificação ou erro é:

  • (A) “Um homem acorda gravemente ferido no meio de um lixão”/ Um homem acorda ferido gravemente no meio de um lixão;
  • (B) “Um homem acorda gravemente ferido no meio de um lixão”/ Um homem acorda, no meio de um lixão, gravemente ferido;
  • (C) “Mas uma paixão verdadeira e arrebatadora coloca tudo em xeque” / Mas uma paixão arrebatadora e verdadeira coloca tudo em xeque;
  • (D) “mas ele não se recorda dos fatos que o levaram até ali” / mas dos fatos que o levaram até ali ele não se recorda;
  • (E) “Seria dado como desaparecido, se houvesse alguém para sentir sua falta” / Se houvesse alguém para sentir sua falta, seria dado como desaparecido.

GABARITO E COMENTÁRIO: O gabarito oficial é a letra E. Na letra A, a inversão da posição do advérbio “gravemente” não acarreta nem incorreção gramatical nem alteração de sentido. Na letra B, também não se percebe qualquer erro com a intercalação da oração “no meio de um lixão”, pois ela foi devidamente separada por vírgulas. Na letra C, a troca da posição dos adjetivos “verdadeira e arrebatadora” é possível gramaticalmente e não gera mudança de sentido. A letra D, igualmente, não incorre em erro ou alteração de sentido com o deslocamento da oração “dos fatos que o levaram até ali”. Por fim, a letra E, conquanto não tenha erro gramatical, apresenta, em proposta de reescrita, frase com sentido diferente do original, motivo que a torna o gabarito da questão.

QUESTÃO 25. “Pensamos com o idioma; se é mal usado, pensaremos mal!” (Fernando Lázaro Carreter). Para esse linguista, a função da língua escrita é:

  • (A) preservar o saber construído;
  • (B) produzir conhecimentos;
  • (C) criar arte;
  • (D) memorizar dados;
  • (E) manter valores político-sociais.

GABARITO E COMENTÁRIO: O gabarito oficial é a letra B. A interpretação de que a função da língua escrita é produzir conhecimentos pode ser depreendido da relação estabelecida entre ela e o ato de pensar, o qual antecede qualquer produção científica. Por isso, as outras assertivas não estão adequadas.


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