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O que é introdução? 5 dicas de como fazer.

Equipe Flávia Rita

O que é introdução? 5 dicas de como fazer.

Começar um texto costuma ser a parte mais difícil. Desenvolver os argumentos nem sempre é um problema para muitas pessoas. Entretanto, apresentá-los de forma concisa e objetiva cosutma ser motivo de dificuldade para muitos bons alunos. Por isso, separamos aqui cinco dicas de fazer uma introdução do seu texto! 

Oficinas de redação

Quem nunca teve dificuldades em começar um texto? Todo aquele processo de quando tentamos iniciar uma redação é tão comum que chega a parecer algo planejado… nos sentamos, separamos a caneta, posicionamos a folha e, então, branco! As palavras simplesmente somem. Em um minuto tínhamos uma ideia digna de um prêmio Jabuti e, num piscar dos olhos, não temos nem o suficiente para um post no Twitter

Bom, se você passa por isso sempre que tenta começar seu texto, não se preocupe! Você não está sozinho! Elaborar a introdução costuma mesmo ser uma das partes mais difíceis, pois será ela a responsável por apresentar o assunto e determinar o tom dos argumentos.

Então, você se identificou com essa situação e quer aprender a fazer uma introdução digna de gabaritar sua prova discursiva? Claro, com foco nos textos dissertativos para concursos públicos ou no modelo do ENEM? Então, continue lendo! Vamos ver a seguir as 5 dicas que vão ajudar você a introduzir melhor o seu texto! Se quiser ver dicas exclusivas para o ENEM, confira nosso texto sobre o assunto clicando AQUI!

O QUE É UMA INTRODUÇÃO?

Bom, primeiramente, vamos entender o que é, em termos textuais, uma introdução.

Pode parecer um pouco redundante, mas, tal como o nome sugere, a introdução é a seção do texto responsável por introduzir o assunto que será tratado nos parágrafos de desenvolvimento. Lembre-se que a estrutura geral de um texto se divide em três partes:

  • introdução;
  • desenvolvimento;
  • e conclusão.

Com isso em mente, já dá para perceber que a introdução não é o desenvolvimento, certo? Muito menos será ela um resumo geral do texto ou um prefácio filosófico. Ela será tão somente responsável por expor, sucintamente, as teses selecionadas para tratar do tema. Vamos listar para deixar claro:

  • Uma introdução não é uma análise profunda do assunto. Lembre-se, isso caberá aos parágrafos de desenvolvimento;
  • Uma introdução não é um resumo do texto, já que, caso o fosse, sequer seria necessário continuar com a leitura;
  • Uma introdução não é um tratado ou um prefácio filosófico para se devagar a respeito da natureza das coisas. A ela cabe apresentar o assunto de forma objetiva e concisa.

Dito isso, vamos ver 5 dicas de como você pode melhorar a sua introdução e, como consequência, todo seu texto! Caso você queira melhorar seus conhecimentos em oficina de redação, não deixe de ver nossa aula que separamos sobre o assunto! Nela, tratamos da estrutura textual! Você também pode acompanhá-la direto do nosso canal do YouTube clicando AQUI.

5 Dicas de como fazer uma introdução

Pensando em como fazer a introdução
Pensando em como fazer a introdução

DICA #1 – Organize as ideias PARA SUA INTRODUÇÃO

O primeiro passo para saber como se irá iniciar o seu texto é saber sobre o que o texto irá tratar. Nesse caso, após ler os excertos motivacionais que o embasam, procure identificar e organizar os principais argumentos que envolvem o assunto tratado. Nesse ponto, a melhor abordagem é fazer um rascunho das suas ideias!

A) Fazendo o rascunho das primeiras ideias

E como você vai fazer esse rascunho? Muito simples, você irá fazer um “brainstorm” anotando tudo o que passar pela sua cabeça em um primeiro momento. Claro, procure fazer isso com frases simples ou apenas com palavras específicas, já que, lembre-se, tempo na prova é um fator determinante e de nada adianta escrever uma redação perfeita se você não consegue fazer isso em menos de duas horas.

Após essa etapa, está na hora de filtrar suas ideias! Isso significa que, dentre aquelas que você escreveu, serão selecionadas as que mais se relacionam com o tema.

Pense assim, caso a prova exigisse uma dissertação sobre “aquecimento global”, seria possível discorrer a respeito de matérias como a poluição nas cidades, a preservação do meio ambiente, os eventos climáticos extremos, a ação do homem no meio ambiente e a sustentabilidade, entre tantos outros.

Veja que todas essas ideias dialogam, de alguma maneira, com o tema central, entretanto, algumas delas são mais ou menos pertinentes, o que será percebido a partir das orientações dos textos motivadores.

Portanto, para fazer o rascunho inicial do seu texto, selecione aquelas ideias que se relacionem melhor com a tese principal e as separe em colunas a partir do grau de relevância. Feito isso, está na hora de você estabelecer a estratégia argumentativa a ser desenvolvida nos demais parágrafos do texto.

B) Definindo sua estratégia argumentativa do seu texto

Com as principais ideias selecionadas, você deve agora pensar em como elas serão apresentadas e desenvolvidas ao longo do texto. Em outras palavras, você deverá decidir qual abordagem será feita, se, por exemplo, uma que foque, de forma mais aprofundada, nas causas e nas consequências de um assunto em específico, ou outra que analise dois ou mais aspectos relevantes do tema, embora o faça de forma mais superficial.

Além disso, deve-se pensar de imediato quais informações extras serão utilizadas para embasar ou para aprofundar as afirmações feitas. Isso significar que, além da organização dos argumentos, você deverá também pensar em como serão sustentados cada deles. Assim, procure trazer ao texto teorias acadêmicas, opiniões de especialistas ou dados estatísticos oficiais que referendem as teses desenvolvidas.

Tendo decidido a estratégia, você já pode planejar o desenvolvimento textual, o que será essencial para sua introdução.

C) Planeje o desenvolvimento do tema

Planejar o desenvolvimento do texto nada mais é do que pensar em como os argumentos serão dispostos nos parágrafos seguintes à introdução. Ou seja, você irá seguir um formato de dois parágrafos de desenvolvimento ou irá preferir um com três? Tenha em mente que, embora haja outros modelos, esses dois são apenas os mais comuns e os mais recomendados, pois permitirão uma disposição das teses de forma bastante clara e estrategicamente orientada.

Bem, e por que esse planejamento prévio é importante para a introdução? Simples! Porque na introdução você deverá apresentá-los de forma sucinta e objetiva, a fim de deixar claro para o leitor o que será trabalhado ao longo do texto.

Por exemplo, você decidiu por uma estrutura com três parágrafos de desenvolvimento, sendo analisados no primeiro, no segundo e no terceiro, respectivamente, as causas de um problema, suas consequências e suas possíveis soluções. Nesse caso, a introdução deve a apresentar exatamente essa estratégia, expondo as razões do problema, reconhecendo sua complexidade e examinando suas consequências.

Um exemplo de introdução

Veja essa introdução de uma redação sobre o tema “privatização do sistema carcerário”:

“O sistema carcerário do Brasil encontra-se, atualmente, em estado falimentar. Com o constante desrespeito aos direitos fundamentais dos presos e com resultados distantes das exigências legais, novos modelos de gestão prisional têm sido encampados em alguns estados. Entretanto, o assunto é polêmico em razão das diferentes visões acerca dos deveres do Estado na execução da pena e dos possíveis efeitos sociais de uma privatização”.

Observe que o primeiro período delimita o assunto – crise no sistema penitenciário. O segundo, por sua vez, apresenta o contexto e expõe alguns dos efeitos da situação prisional sobre a gestão pública – a busca por novos modelos de administração carcerária. Finalmente, no terceiro período da introdução, é apresentada uma outra dimensão do assunto – efeitos sociais da privatização –, a qual será desenvolvida, espera-se, no último parágrafo do desenvolvimento.

Então, ficou claro como planejar o desenvolvimento ajuda na construção do parágrafo introdutório? Fazer isso lhe dará uma visão macro do texto e permitirá ver melhor o lugar de cada argumento.

DICA #2 – Delimite o espaço para a introdução

Uma outra dica muito importante diz respeito ao número de linhas separadas para a introdução. Como dissemos, ela não deve ser um resumo do texto, muito menos ser usada como um espaço para divagações filosóficas a respeito do assunto.

Uma boa introdução deverá ser elaborada de forma concisa e objetiva, evitando qualquer digressão sobre o tema. Nesse caso, o melhor é evitar quaisquer opiniões pessoais ou juízos de valor e deixar para o desenvolvimento as análises mais complexas.

Dito isso, recomendamos que sua redação tenha:

  1. Entre 5 e 7 linhas, considerando um total de 30 linhas. Mais do que isso pode prejudicar o espaço destinado ao desenvolvimento dos argumentos;
  2. De 3 a 4 períodos, sendo respeitada uma progressão argumentativa na apresentação das teses. Lembre-se de que elas devem ser expostas segundo uma ordem lógica.

Veja o exemplo acima novamente. Tem-se uma introdução de 5 a 7 linhas, composta por três períodos. Em cada um deles, apresenta-se um tópico dos parágrafos de desenvolvimento.

DICA #3 – Coesão e clareza

Tão importante quanto a informação em si é a clareza com que ela é apresentada. Afinal, de nada adianta ter aquela ideia que lhe garantirá nota total na prova se ela não for compreensível.

Bem, e como você irá fazer para elaborar uma introdução, clara e compreensível? Para isso, deve-se ter cuidado com os recursos coesivos empregados e isso quer dizer ficar atento ao uso de conectores, de termos anafóricos e, mesmo, de estruturas oracionais. Nada prejudica mais um texto do que uma articulação mal feita, pois ela compromete a própria compreensão dos argumentos. Veja esse exemplo que separamos abaixo:

“A crise no sistema carcerário nacional é uma das maiores preocupações da sociedade atual. É imprescindível refletir sobre as políticas públicas, integrando todos, sobretudo os que têm o dever, como, por exemplo, os governantes e os órgãos de execução penal. Além disso, devem ser buscadas soluções céleres e eficientes das leis”.

Ao ler essa introdução, você conseguiu entender qual o tema central do texto? Quais as estratégias foram selecionadas? Ou mesmo quais as relações estabelecidas entre as orações e os períodos que compõem essa seção introdutória? Acredito que não… E por que isso acontece?

A resposta é simples, embora resolver o problema seja mais complicado. Primeiramente, deve-se procurar usar articuladores textuais.

Use articuladores na introdução

Na introdução acima apresentada, pode ser observado que foram empregados poucos articuladores entre os períodos. Veja que não há uma conjunção ou outro recurso coesivo entre o primeiro e o segundo período que estabeleça uma relação lógica clara. Além disso, há emprego de uma oração reduzida de gerúndio – “integrando todos” – o que também prejudica a clareza, já que a supressão do conector específico impede a identificação exata do sentido. Por fim, perceba que a progressão textual se mostra precária, uma vez que os assuntos são introduzidos sem que sejam indicadas as relações entre eles.

Para resolver esses problemas, a introdução deve ser reformulada, procurando usar mais conectores e desenvolvendo de forma mais detalhada as teses. Veja como a mesma introdução poderia melhorar:

“A crise no sistema carcerário nacional é uma das maiores preocupações da sociedade atual. Por essa razão, é imprescindível refletir acerca das políticas públicas capazes de resolver a situação. Nesse sentido, a integração de todos os atores competentes, como os agentes políticos e os órgãos de execução penal, pode oferecer soluções mais céleres, eficientes e com maior respeito às leis para a questão prisional”.

Bem melhor, não é mesmo? Agora você consegue ver com clareza quais os tópicos serão trabalhados ao longo do texto, isso sem prejuízo às relações lógicas entre as orações.

DICA #4 – Evite subjetivismos

Como já dissemos, a introdução não é nem um resumo nem um espaço destinado às digressões filosóficas ou aos juízos de valor do autor do texto. Ela é a seção responsável por apresentar um assunto específico os principais argumentos que o envolvem, e isso deve ser feito de forma objetiva e impessoal.

Para garantir que seu texto não perca seus elementos de objetividade e informalidade, devem ser evitados quais quer subjetivismos. Mas o que são subjetivismos?

Bem, subjetivismos correspondem ao vocabulário empregado em sentido conotativo ou figurado, às expressões que estabeleçam uma avaliação pessoal do autor ou ao recurso excessivo a adjetivos. Em todas essas situações, a impessoalidade no tratamento do tema abre espaço para opiniões pessoas do autor, o que prejudica a credibilidade dos argumentos. Vamos listar para deixar claro:

  • Evitar vocabulário figurado;
  • Evitar avaliação pessoal ou juízo de valores;
  • Evitar adjetivação ou uso de outros qualificadores.

Mas você não deve dar usa opinião na introdução?

Agora você deve estar se perguntando: “mas eu não deveria dar minha opinião sobre o tema”? E a resposta é sim! Porém, há diferentes formas de fazer isso. Por exemplo, sobre a crise no sistema prisional, você pode dizer ela é “um fenômeno perigoso e degradante”, certo? Entretanto, dizer isso não ampliar a informatividade do texto e apenas demonstra a opinião do autor.

Para atribuir mais objetividade, você poderia dizer que a mesma crise “é um fenômeno que desrespeita os direitos mais básicos dos presidiários, conforme as prescrições da Constituição de 1988”. Veja que a ideia foi mantida, mas, dessa vez, com embasamento em um elemento objetivo – as normas da Constituição Federal de 1988.

Note que a segunda frase agrega mais informação ao texto, além de afastar a opinião pessoal do autor. Tendo em mente que um texto dissertativo-argumentativo deve se pautar por análises objetivas do tema, evitar subjetivismos já na introdução é uma boa forma de atribuir mais qualidade ao seu texto!

DICA #5 – Apresente o tema e os tópicos

Como última dica de como fazer uma boa introdução, vamos fazer da topicalização dos assuntos. Mas não se engano, não estamos dizendo que você deve escrever seu texto em tópico! O que queremos dizer é que sua introdução deve apresentar os assuntos de forma que seja possível identificar cada um deles.

Por isso recomendamos escrevê-la em 3 a 4 períodos. Com isso, se permite ao leitor entender o que será tratado, de forma geral, no texto, e, de maneira mais específica, em cada parágrafo. É a isso que estamos chamando de “topicalização dos assuntos”.

Mais um exemplo!

Observe novamente a introdução que trouxemos:

“O sistema carcerário do Brasil encontra-se, atualmente, em estado falimentar. Com o constante desrespeito aos direitos fundamentais dos presos e com resultados distantes das exigências legais, novos modelos de gestão prisional têm sido encampados em alguns estados. Entretanto, o assunto é polêmico em razão das diferentes visões acerca dos deveres do Estado na execução da pena e dos possíveis efeitos sociais de uma privatização”.

Nela, é possível identificar cada um dos tópicos do texto:

  • estado do sistema carcerário brasileiro;
  • mudança no modelo de gestão prisional; e
  • problematização acerca dos efeitos dessa alteração.

Ou seja, o leitor, já nas primeiras linhas do texto, consegue saber o assunto de cada parágrafo. Além disso, já consegue entender em que ordem irão aparecer ao longo do texto.

Assim, podemos dizer que uma introdução bem feita é aquela que se mostra escaneável. Isso quer dizer que, ainda que em formato de texto corrido, ela permitirá ao leitor identificar os tópicos do texto.


Então, o que achou das dicas? Sentiu que elas ajudaram você a pensar melhor em como melhorar sua redação? Conte para a gente suas impressões! Caso queira saber dos nossos cursos de português, não deixe de entrar em contato com os nossos consultores. Eles estarão prontos para ajudar na escolha do melhor curso para você! Você pode entrar em contato pelo telefone:

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