Quem nunca se encontrou conversando com os amigos em um bar? Ou em uma reunião do trabalho, discutindo com os colegas as estratégias da empresa? Ou mesmo quem nunca teve que escrever uma redação para um concurso ou responder questões de uma prova de seleção e se pegou perguntando: “será que posso usar essa palavra no texto?”. Essa situação parece bem corriqueira, não é mesmo? Você pode não saber, mas essas dúvidas com relação às palavras que serão empregadas tem um nome – chama-se adequação vocabular. E é exatamente isso que veremos nesse texto: o que é adequação vocabular e quando devemos tê-la em mente.
Expressão e adequação vocabular
Primeiramente, vamos entender o que é expressão e adequação vocabular, de maneira a não entender esses dois conceitos.
Você já sabe que um bom texto é aquele que cumpri o seu objetivo de comunicar com clareza uma mensagem específica. Para isso, essa mesagem deverá ser escrita segundo às regras da gramática normativa, com respeito tanto às prescrições da sintaxe quanto às recomendações de coesão e coerência.
Entretanto, a compreensão de um texto perpassa essas recomendações. Para se fazer inteligível, um texto deve ser escrito, principalmente, com foco no público destinatário, de maneira a não empregar termos excessivamente distantes da realidade dos leitores. É nessa dimensão texual que se fala da expressão e da adequação vocabular, ambas características que asseguram a clareza da mensagem.
A diferença entre expressão e adequação vocabular
Assim, a expressão textual pode ser definida como a seleção de um vocabulário preciso e variado, que impeça a recorrência excessiva de termos já empregados, bem como evita o cometimento de vícios de linguagem, como, ecos, colisões e hiatos.
Já a adequação vocabular apresenta um sentido um pouco diferente, pois, além da escolha das palavras mais adequadas, ela também tratará da seleção de vocábulos a partir de um contexto específico. Ou seja, mais do que uma boa expressão, a adequação vocabular exige do escritor um conhecimento prévio do público destinatário.
Vamos exemplificar essa diferença entre a expressão e a adequação vocabular.
Imagine uma situação em que se está sendo debatido um determinado assunto – uso de certo remédio no tratamento de uma doença.
Caso a discussão ocorra em um bar, as palavras escolhidas serão, obvimente, mais informais e menos técnicas. Mais do que isso, eventuais desvios gramaticais poderão ocorrer sem comprometer a validade e a clareza da mensagem.
Por outro lado, se esse mesmo assunto fosse apresentado em uma conferência acadêmica com profissionais da área, o vocabulário empregado seria diferente daquele usado na primeira situação. Nesse contexto, o emissor deverá se atentar aos termos técnicos, às análises objetivas e ao correto uso da norma culta. Se não o fizer, sua mensagem poderá não ser bem entendida pelo público destinatário.